Momentos de Cidadania e de Geografia...

sexta-feira, 29 de maio de 2015



Não sabemos o que dizer deste tesourinho...se devemos ficar alarmados por na Programação do Centro Cultural Vila Flor só determinadas companhias conseguem realizar e ter espectáculos, ou as aptidões geográficas do presidente da Câmara, Domingos Bragança...

Está bem que foi com os socialistas que Vizela foi concelho...e que Magalhães, o patrono do Domingos, apesar de demagogicamente ter afirmado pretender rasgar o cartão de militante, permaneceu no posto qual lapa... Mas, que diabo...criar um concelho de um momento para o outro, não lembra ao mais empedernido militante... mesmo com tiques de "Soleil c'est moi" fruto de trinta anos de poder!

Mas, lá está…absolutismo é a palavra chave e coincidente nesta situação… absolutismo nas escolhas, absolutismo no discurso…

Curtas... A Greve no Metro

quinta-feira, 28 de maio de 2015



Com uma média de ordenados fixada nos 2500€, com cerca de 22h30 a 36h de trabalho semanal, reforma aos 55 anos, acesso ao ensino privado para os filhos, cantinas luxuosas, transporte em autocarro privado entre o Campo Grande e o Marquês, passes grátis para a família e ainda outros conjuntos de mordomias que desconheço, faço uma pergunta para jackpot!

Qual a razão para os "trabalhadores" do metro de Lisboa fazerem greve?

(a sexta desde que começou o ano)

Retirado do Facebook de João Moça

Portugal foi, é e será sempre capaz

terça-feira, 26 de maio de 2015

Por Alfredo Sousa
Passado um ano após a saída da Troika torna-se necessário, fundamental até, fazer um balanço daquilo que foi este período. Um período de grandes dificuldades mas, acima de tudo, um período de superação de obstáculos. Obstáculos esses que vieram de fora mas, também e principalmente, de dentro. Passado um ano, já não se fala em recessão mas em crescimento, não aumenta o desemprego mas sim o emprego, já não se fala em desconfiança dos mercados mas ao invés aumenta a confiança dos mercados, consumidores e investidores. 
Isto são acontecimentos normais hoje. Mas convém não esquecer que eram considerados inatingíveis e impossíveis por alguns há um ano atrás. Houve os que sempre acreditaram que era possível reverter a situação e houve aqueles que sempre acreditaram que poderiam beneficiar com o piorar da situação. E, por isso, sempre dificultaram e criaram obstáculos. Sempre dramatizaram, sempre criticaram, nunca ajudaram e nunca se culparam. Sim, esses são os militantes do PS de António Costa, os mesmos de Sócrates e de Mário Soares. 
Houve quem pensasse de maneira diferente deles no próprio partido, de seu nome, António José Seguro. Por isso, Seguro sempre foi comedido na oposição, compreensivo com o Governo e as dificuldades que o país atravessava mas, sobretudo, consciente da culpa que o PS tinha tido no estado a que o país chegou.  Mas, isso, era uma vergonha que o PS não poderia passar. Admitir que erraram não faz parte de quem só quer ganhar eleições. Foi hora de correr com Seguro mal surgiu a oportunidade de se chegar ao poder. 
António Costa não trouxe nada de novo, pelo contrário, trouxe tudo de velho. A começar pela bancada parlamentar e a acabar nas velhas propostas de dar tudo a toda a gente. Os socráticos estão todos lá na frente e as promessas bem ao estilo desse grande socialista estão bem no seio do discurso de Costa. O jornal The Telegraph já iguala o seu discurso ao do Syriza. Esperemos que os portugueses não igualem o resultado das eleições ao dos gregos para que não igualemos a nossa situação económica/financeira à deles.
O que é certo, é que sempre houve uma parte deste país, a chamada maioria silenciosa, que não protesta, não grita, mas trabalha, esforça-se e leva este país para a frente. É necessário que esta maioria se “revolte” contra este oportunismo de quem quer governar depois do mais difícil já estar feito. Se “revolte” e vote nesta maioria que contra quase todos os sectores políticos, judiciais e mediáticos tem levado este país para a frente. Essa maioria não pode ficar em casa nas próximas eleições. Ao fazê-lo vai beneficiar o infrator e premiar o oportunismo. Saiam de casa, por Portugal!
Presidente da Distrital JP Braga

Politicamente (In)Correcto

segunda-feira, 25 de maio de 2015


O Maná de Marinho e Pinto...

Nova Geração de Políticos

domingo, 24 de maio de 2015

Por Cristiana de Castro
Acreditar que estamos perante uma fase de mudança é inequivocamente crer que no seio da nossa sociedade existe uma nova geração de políticos com carisma, determinação e acima de tudo competência. Estes mesmos políticos são pessoas sem vícios, sem o desejo incontrolável de alcançar o poder sem o mérito que lhe é devido. Os portugueses estão cansados da classe política, a descrença nos nossos governantes é generalizada, são invariavelmente apelidados de corruptos, incompetentes e “ladrões”, pois usam o dinheiro público para seu benefício pessoal… caríssimos isso é crime! 
Acredito sinceramente que a nossa sociedade caminha para a responsabilização de alguns governantes, que tem como mote, a péssima gestão levada a cabo no nosso país no período que antecede o resgate ocorrido em 2011. Na contemporaneidade, temos efectivamente um ex-primeiro ministro preso, todavia não se iludam as acusações que lhe são imputadas nada tem a ver com a sua gestão danosa durante o período que esteve a governar o nosso país. O actual governo herdou um país no linear da “bancarrota” e para alguns portugueses (muitos infelizmente), estes são o rosto da austeridade, mas pensem o que pode fazer um governo intervencionado e sem soberania financeira?! Pode simplesmente fazer o que ficou estabelecido no memorando que o PS e PSD assinaram com a Troika. Obstando a este facto, não vamos tirar jamais o mérito devido ao governo em funções, pois lutou contra todas as adversidades e Portugal é hoje um país bem mais “saudável”, os números não mentem, pensem… 
A jornada para credibilização da nova geração de políticos é longa e inusitada, porém exequível. A nível local na Comissão concelhia do CDS-PP deparamo-nos com rostos que plasmam tudo aquilo que os Portugueses anseiam ver nos cargos políticos, falo-vos de determinação, carisma e competência… mostrando-se disponíveis para mudar o panorama político actual de Guimarães. 
É impreterível que os Vimaranenses conheçam estas figuras que reflectem a mudança, alheando-se de jogos de interesses e “tachos”, prosseguindo o desiderato de alcançar o bem comum… É na prossecução do ensejo transcrito, que se debatem diariamente sem que o mérito pela sua luta lhes seja apropriado. 
Dado ao volume de nomes que se encaixam no que anteriormente mencionei, não me é possível referenciar cada um, no entanto tenho de destacar os seguintes: Orlando Coutinho – Presidente da Comissão Politica Concelhia, como sendo um homem extremamente dedicado, disponível para apoiar todas as causas relacionadas com os seus conterrâneos. Destaco ainda Alfredo Sousa – Presidente Distrital JP Braga pela sua capacidade de envolvência e idoneidade. Refiro concomitantemente, Ângela Oliveira – Deputada Municipal, que luta incessantemente pelos direitos dos munícipes reiterados
Não posso de todo descurar o trabalho de anos desenvolvido pelo nosso Caríssimo Rui Barreira, que se esforçou afincadamente para que o CDS-PP se constituísse enquanto força política no Município por diversas vezes referido
 As palavras que escrevo não deixam transparecer o quanto admiro todos os elementos que constituem a Comissão Política Concelhia do CDS-PP Guimarães, os adjectivos utilizados não fazem de todo jus ao seu caracter e capacidade de despreendimento…
Em jeito de conclusão, a nível nacional destaco Assunção Cristas como sendo a “Dama de Ferro” do CDS-PP e poderá ser um dia, na minha humilde opinião, a justa sucessora do nosso presidente, Paulo Portas. Não esquecendo outrossim o trabalho inspirador do nosso caríssimo Eurodeputado Nuno Melo. 
O CDS-PP contribui paulatinamente para o reconhecimento da integridade da nova geração de políticos e nesse sentido para a credibilização dos mesmos. Assumindo-se como um partido sólido, peremptório na sua luta contra a corrupção instalada no nosso país nas últimas décadas, passa a assumir-se como alternativa política aos demais partidos. A situação transcrita é passível de ser justificada pelos factores por diversas vezes reiterados!
Vogal Comissão Política CDS Guimarães

CDS na Comemoração dos 128 Anos dos Bombeiros das Taipas

quarta-feira, 20 de maio de 2015


No passado domingo o Presidente do CDS de Guimarães, Orlando Coutinho e o Vice - Presidente João Vicente Salgado, estiveram na comemoração dos 128 anos da Associação Humanitária dos Bombeiros das Taipas. S.Exa o Secretário de Estado da Administração Interna Dr. João Almeida engrandeceu a cerimónia com uma excelente intervenção após a inauguração do monumento ao Bombeiro na Vila Termal.

Na festa dos 128 anos dos bombeiros das Taipas, além do monumento ao bombeiro, foram benzidas novas viaturas, homenageados sócios e beneméritos da instituição e também foram condecorados elementos do Corpo Activo.

O Comandante da Corporação, Hermenegildo Abreu, propôs a criação de um Plano Municipal para Apoio ao Bombeiro Voluntário.

O Admirável Mundo Novo da Recuperação de Portugal Pelo PS

sábado, 16 de maio de 2015


Por Vânia Dias da Silva
E, ao sétimo mês, fez-se luz. Sim, foram precisos sete longos meses para o plácito do PS destapar o véu e nos conduzir por todo um admirável mundo novo da recuperação de Portugal.

Depois de, em Maio de 2014, António Costa ter anunciado a sua candidatura à liderança do PS – e, naturalmente, à condução dos destinos do país – Portugal assistiu ao estranho e, até, confrangedor, silêncio do maior partido da oposição. Não se ouviu ao PS, durante quase um ano, uma ideia, uma sugestão ou uma qualquer acção que nos dissesse ao que vinha. Ou melhor, ao que vinha sempre soubemos, como queria lá chegar é que ignorávamos.

Mas, valha a verdade, todos desconfiávamos e, está bom de ver, não nos enganámos.

O milagre operado pelo cenário macroeconómico apresentado pelo PS revela três coisas, todas distintas mas igualmente graves – não só significa, no curto prazo, o regresso dos credores internacionais, bem como mostra a absoluta incoerência, impreparação e atitude politiqueira e eleitoralista do maior partido da oposição, como, ainda, nos diz que, as suas cúpulas (sempre as mesmas, de resto), não aprenderam absolutamente nada.

Vamos por partes.

No mais, é cristalina a incoerência, a impreparação e a atitude eleitoralista deste PS. Se algumas das suas propostas não passam de uma cópia apressada do plano de estabilidade apresentado pelo actual governo, outras são contraditórias com aquilo que já disse, o que só se explica pela sede de aceder rapidamente ao poder, sem mais considerações. Na verdade, a abolição da sobretaxa, a devolução dos cortes feitos e a reposição de alguns incentivos são medidas anunciadas pela actual maioria há já quase um ano, de uma forma gradual e faseada, já que as exigências orçamentais e a necessária prudência em face da incerteza das principais variáveis macroeconómicas não permitem uma devolução mais célere. A restituição rápida prometida pelo PS não só não é possível sem que o défice e a dívida disparem, como é incongruente com o que vinha atirando desde 2012, assegurando a reposição total e imediata, quando fosse governo. Aqui não há nada de novo, a não ser nos prazos, está bom de ver. Mais eleitoralista do que isto é difícil de imaginar, de resto.

A seriedade impõe, no entanto, que olhemos também para o que diz o PS ser o facilitador da mudança. Sem aumentar o défice e a dívida e cumprindo todas as obrigações nacionais e internacionais, diz, o financiamento de todas as medidas assentará em 4 pilares (todos eles arrepiantes): a repristinação do imposto sucessório, o aumento do IRC, o fim de alguns incentivos ao investimento e o agravamento do IMI para as segundas habitações. Para além do paradigma ser absolutamente pernicioso, contraria tudo aquilo em que acreditamos mas, mais grave, não chega para financiar tudo o que se propõe o PS fazer. De facto, a soma de todas estas parcelas não cobre as demais promessas, pelo que, de novo, não se percebe como se financiará o governo PS. É, realmente, um admirável mundo novo da recuperação e da multiplicação milagrosa de recursos.

Mas mais: qualquer casa avisada e bem governada sabe que a devolução dos empréstimos se deve fazer o mais depressa possível, sobretudo quando os juros a pagar são elevados. É o que este governo fez já e fará. Ao PS, não se ouviu uma palavra sobre o assunto. Mas não se estranha, na verdade. O modelo é este – primeiro gasta-se e, por isso, nada de pagar empréstimos antigos e onerosos, depois pede-se mais emprestado a qualquer preço e, a seguir, os portugueses pagam a conta.

Um modelo que, ao cabo e ao resto, se baseia no consumo e na dinamização da procura interna, deixando relegado para segundo plano o investimento e a procura de novos mercados externos, que tanto têm contribuído para a nossa recuperação económica e que, é dos livros e da história, já nos fez ser bem maiores, fortes e coesos.

E isto já para não falar da inacreditável ausência de uma ideia sobre a sustentabilidade da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações. A confusa proposta do PS na matéria não só nada diz no que toca a uma reforma estrutural, já que é absolutamente imediatista – para não variar –, como põe em risco o pagamento de pensões a muito curto prazo. Também aqui a diferença impera, felizmente – o CDS acredita num modelo de plafonamento e não deixará de tentar envolver todas as forças políticas e da sociedade civil numa solução que permita a continuidade e a salvaguarda do sistema de pensões.

Donde, numa palavra, regressamos ao passado em toda a linha. Não aprenderam mesmo nada!


A expectativa que nos resta é que os portugueses – esses sim – tenham aprendido a lição e olhem para um seu aliado histórico – o Reino Unido – como um exemplo a seguir. Sabê-lo-emos com o início da queda da folha cá estaremos para, com confiança, esperança e responsabilidade, continuarmos a construir o caminho de Portugal.

Retirado de http://www.cds.pt/folhacds/2015/05/20150515/vania-da-silva.html

O Candidato do PS

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Por Nuno Melo
Todos os candidatos presidenciais são independentes, mas alguns são mais independentes do que os outros. Sampaio da Nóvoa é o candidato do PS. O antigo reitor pode invocar o passado e o percurso, jurar-se afastado de António Costa e até que só tem uma vaga noção de onde fica o Largo do Rato. Os sinais estão todos lá. E só não os vê quem não quer. Foi no Congresso do PS que Sampaio da Nóvoa esteve e discursou em novembro de 2014. Foi a António Costa que fez todos os elogios, de cravo na mão. Foi de socialistas que recebeu os aplausos enquanto dizia "não quero perder Portugal, nem por silêncio nem por renúncia". Foi quem esteve do lado de Mário Soares, Jorge Sampaio, Manuel Alegre e António Costa na tomada de posse de Fernando Medina como presidente da Câmara de Lisboa. E é o discurso do PS que clona, de cada vez que diz alguma coisa ao país.

O problema é que restringindo-se a uma fação, Sampaio da Nóvoa afasta-se de todos os outros, que tendo em conta a natureza do cargo que deseja, seria suposto também querer representar. Pior do que tudo, antecipa-se como um risco que Portugal não pode correr.

Na "Grande Entrevista" da RTP Informação, assumiu que se fosse presidente da República no verão de 2013 teria demitido o Governo e convocado eleições. Não se tratou de uma declaração emocional feita há dois anos, em cima de especulações possíveis, na falta de dons premonitórios sobre o que se passaria. Foi uma afirmação pensada, apesar das circunstâncias de um país que superou muitas das dificuldades, exatamente porque o Governo se manteve em funções. Desde 2013, o défice diminuiu, o desemprego desceu consistentemente, o crescimento evoluiu positivamente, as exportações dispararam, a balança comercial equilibrou-se, a confiança dos consumidores cresceu, o investimento aumentou, o turismo bate todos os recordes e a execução dos fundos comunitários, com exemplo no PRODER, atingiu valores próximos dos 100%. Portugal, é sabido, cumpriu com sucesso o ciclo de ajustamento. A troika foi embora e o Governo deixou de estar condicionado aos ditames trimestrais de funcionários do FMI, do BCE e da CE.

Mas ao candidato Sampaio da Nóvoa, isso não interessa nada. Talvez inspirado no apoio pessoal de Vasco Lourenço, assumiu que no que dependesse de si, teria optado pela crise política que determinaria um novo resgate e o prolongamento da humilhação da intervenção externa. Pena que não ponha os olhos na Grécia do Syriza de sua maior simpatia, que acaba de entrar em recessão.

Mesmo querendo dizer algumas coisas simpáticas para socialista ouvir, não havia necessidade.

Retirado de http://www.jn.pt/opiniao/default.aspx?content_id=4566689

O Aumento da Dívida

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Por António Moreira de Castro
Somos frequentemente confrontados com de­cla­rações proferidas por altos responsáveis da política, do género “com a política de austeridade este governo aumentou a dívida pública de 90% para 130% do PIB”.

Sabemos na verdade que muita ignorância económica grassa no meio político. Mas se tal ignorância poderá ser compreensível em alguns desses protagonistas, o mes­mo já não se poderá aceitar quando estamos a falar de candidatos a primeiro-ministro como o dr. António Costa, que conta no seu regimento com um sem número de assessores, alguns deles credenciados com diplomas e currículos de gabarito nacional e internacional.

O que estará na verdade por detrás dessas afirmações outra coisa não poderá ser que não seja demagogia política para enganar o povo, enganar o cidadão mais desprevenido que de tanto ouvir essas afirmações aca­ba por julgar o governo como incompetente e inimigo do povo.

Mas vamos então à subs­tância do tema. Todos sa­bemos que o Estado português tem vindo a acu­mular ao longo das últimas décadas resultados de exercício negativos, isto é, a ter um volume de des­pesa muito superior às suas receitas, e que, mais coisa menos coisa apontou, no ano passado, para um valor da ordem dos oito mil milhões de euros.

Várias são as razões para explicar tais défices. Algumas têm a ver com a tentativa de comprar o eleitorado com benesses, nomeadamente em anos eleitorais, ora procedendo à eliminação de portagens, ora aumentando os vencimentos dos funcionários públicos, ora dando subsídio de Natal aos reformados, etc.,etc. Outras vezes é o saque imposto ao Estado por grupos organizados, tais como sindicatos, associações profissionais e empresariais que conseguem regalias muito para além do que é possível para a generalidade dos restantes cidadãos. Outras vezes é o buraco das empresas do estado geridas por “gente dos partidos”, os tais boys, que  ora por incompetência ora por leviandade as empurram para dívidas monstruosas como as da Carris, as do Metro, as da CP ou as da EDP que ascendem a valores na ordem dos vinte mil milhões de euros e que depois acabam por vir a ter que ser assumidas pelo Estado.

Assim, depois de anos a fio com as contas públicas a gerar défices sucessivos o seu valor ascende já, em termos absolutos, a mais de duas centenas de milhar de milhões de euros e em termos de peso em relação ao PIB, aproxima-se dos cento e trinta por cento.

É esta a situação das contas do Estado. Agora o que me custa é ouvir afirmações por parte desses altos responsáveis políticos contra as medidas de austeridade do governo, tendentes ao ajustamento das despesas às receitas com vista à eliminação do défice orçamental, defendendo até mesmo a continuação desse mesmo desequilíbrio orçamental e depois, virem criticar o governo por con­tinuar a deixar a dívida pública subir.

Por um lado não querem pôr fim aos défices das contas do Estado. Por outro não querem que a dívida suba. Isto é fazer de nós tolos.

Parece que ignoram que a dívida pública mais não é do que o somatório dos défices ocorridos nas contas do Estado ao longo dos anos, e portanto, enquanto houver défice nas contas, teremos necessariamente aumento da dívida em termos absolutos.

Ao proporem medidas de aumento da despesa pública como, correcção dos salários da função pública e das pensões e reformas e outras, pensam que o consumo daí decorrente irá permitir receita para compensar esse aumento da despesa. É como se pudéssemos acreditar que dar vinho ao bêbado lhe cure a borracheira. O mais provável será encaminhá-lo para uma cirrose, que mais-dia menos-dia o levará para a cova. Será esse o destino que poderemos almejar se acreditarmos nessa terapêutica.

Oxalá o governo não des­carrile e se deixe cair em promessas elei­to­rais demagógicas com­prometedoras do futuro.

Os passos estão a ser bem dados. Primeiro ar­rumar a casa e conquistar a confiança dos nossos credores que nos em­pres­tam dinheiro, com taxas de juro modestas para po­dermos ter solvência no quotidiano. Depois, apro­veitar essa mesma con­fiança conquistada para que os agentes económicos acreditem e, beneficiando também de juros baixos e da poupança ocorrida, invistam.

Finalmente, com in­ves­timento, teremos isso sim, o tão desejado crescimento económico que irá defi­nitivamente aumentar a receita do Estado esbatendo o peso da dívida no PIB, assim como a eliminação progressiva desse flagelo que se chama desemprego.

Estou certo que os por­tugueses, tal como os ingleses acabam agora de demonstrar nas urnas, não se deixarão encantar por cantos de sereia enga­nadores.

Retirado de http://www.guimaraesdigital.com/edicoes/6822

Greve na TAP. O Balanço que Conta

quarta-feira, 13 de maio de 2015


Um sindicato que representa trabalhadores, mesmo que diferenciados, promove uma greve reivindicando o direito dos pilotos serem accionistas da empresa. Ao mesmo tempo orgulha-se dos prejuízos de milhões, fundamentais para o pagamento dos salários de todos - nem só de pilotos vive a TAP - no melhor dos sinais que se poderia encontrar, sobre o mais que se permitiriam, se na qualidade de novos patrões viessem a partilhar a gestão da companhia privatizada.

Nos velhos tempos do PREC, algumas empresas também foram assim sequestradas, embora à bruta. Sob pretexto da luta de classes, o capital foi sendo decapitado na expulsão de gerentes e administradores e na maior parte dos casos, no final não sobrou nada. Agora, a motivação resulta mais prosaica. Alguns pilotos reclamam ser simultaneamente trabalho e capital. E o sindicato, feito coisa hibrida, esperará talvez abrir uma secção com assento numa confederação patronal. Resta saber se haverá TAP para ajudar à novela.

A avaliar pela bitola do sindicato - os prejuízos - temos de conceder que os resultados são impressionantes. Só não se vê como isso possa ser bom. José Manuel Rodrigues recordava há dias que não foi só a TAP que perdeu 30 milhões de euros. Foi Portugal que perdeu muitos mais milhões, a par de inúmeros constrangimentos para milhares de passageiros de todo o mundo.

Seria sensato, não obstante, que o sindicato dos pilotos percebesse que entre 2000 e 2015 tudo mudou. Há 15 anos, uma greve da TAP retinha em terra o essencial dos passageiros, por falta de opções. Hoje em dia, as alternativas abundam.

Este artigo foi escrito entre o Porto e Bruxelas, num voo da RYANAIR, que saiu a horas e chegou ao destino 10 minutos antes do tempo previsto. Não sendo irrelevante, o bilhete custou um terço do preço que pagaria na TAP. O aparelho seguia pejado de portugueses que em muitos casos, como eu, teriam optado pela transportadora aérea nacional. E certamente assim sucedeu em muitos outros voos, de muitas mais companhias, um pouco por todo o lado.

Este é o único dos balanços que o sindicato dos pilotos deveria reter. Não faltam por aí companhias desejosas de fazerem seus, as rotas e os lucros da TAP. 

As companhias aéreas também têm fim. Só o sindicato dos pilotos é que parece não estar convencido disso. Esperemos não venha a ficar para a história pelo pior dos motivos.

Retirado de http://economico.sapo.pt/noticias/greve-na-tap-o-balanco-que-conta_218134.html

Coligação em Guimarães

Compareça!

As Eleições no Reino Unido

segunda-feira, 11 de maio de 2015


Por João Moça
Uma vitória estrondosa que superou todas e quaisquer sondagens. É assim que podemos classificar a vitória do Partido Conservador do Reino Unido, liderado por David Cameron.

Quero acreditar que as falhas nas sondagens advêm, quase sempre, do erro humano, erro esse que é quase sempre justificável dada a idiossincrasia do ser humano, no entanto, coincidência ou não, começam já a ser diversas as sondagens que, por razões que desconheço, ou melhor, que finjo desconhecer, se “enganam” prevendo um resultado abaixo daquele que se vem posteriormente a verificar para os partidos conservadores. Aconteceu no Reino Unido com o Partido Conservador e acontece constantemente com o CDS em Portugal.

David Cameron alcançou um número soberbo nestas eleições, conseguindo eleger 326 deputados que atribuem ao Partido Conservador uma maioria absoluta para governar o Reino Unido nos próximos cinco anos.

Já o velho ditado português dizia “o mal de uns, é o bem de outros...”, e como consequência da magnífica vitória do Partido Conservador assistimos ao “rolar de cabeças” de Ed Miliband (Partido Trabalhista), Nick Clegg (Liberais Democratas) e Nigel Farage (UKIP). Felizmente, e para bem do Reino Unido, o bem soube estar do lado certo.

Se esta vitória dos conservadores no Reino Unido representa, para a coligação que suporta o governo, um incentivo para as próximas eleições legislativas, a grande derrota do Partido Trabalhista deve, de igual forma, constituir um processo de interiorização para o povo português de que não é no socialismo que reside a salvação de uma nação. Os britânicos conseguiram perceber isso e estou certo que os portugueses lhes seguirão o exemplo. 

As evidências estão à vista de todos. Ed Miliband, líder demissionário do Partido Trabalhista, radicalizou por completo o seu discurso. A postura “anti-austeridade” acompanhada de propostas igualitaristas e demagógicas foram um imperativo da sua campanha, bastante semelhante, ou até mesmo igual, àquilo que António Costa faz por cá (lembrem-se que o individuo festejou efusivamente a vitória do Syriza na Grécia). Ed Miliband, ou “Ed Red” como passou a ser conhecido devido à sua radicalização à esquerda obteve, juntamente com os seus programas de governo, uma pesada derrota. Um bem haja aos britânicos por terem percebido que aquele não era o caminho. 

Em Setembro/Outubro, como já referi, estou certo que os portugueses também saberão escolher qual é o caminho certo, dando a António Costa e ao Partido Socialista a pesada derrota que merecem, não só pelo estado em que deixaram o país em 2011, mas também pela falta de ética e responsabilidade com que continuam a fazer política, apresentando propostas de governo que como já vem sendo hábito na história do PS, não são mais do que despesismo desenfreado e que culminam sempre da mesma maneira: Bancarrota e Troika.
Secretário Geral Distrital JP Braga

Direito de (e da) Oposição

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Por Rui Correia
Já começam a tornar-se repetitivas as inúmeras vezes que na Assembleia Municipal são apresentadas queixas relativamente aos direitos e garantias dos membros da oposição.
 Tal situação é cada vez mais notória e traz à memória os tempos do anterior executivo. Com efeito, ainda nos lembramos da célebre frase “Governar com Todos…! Palavras leva-as o vento!
Ora, por variadas vezes o Vereador do CDS, Engenheiro Monteiro de Castro, mostrou o seu desagrado pela postura incorrecta e pouco respeitadora com que são tratados os Vereadores sem pelouro do presente executivo municipal, tendo o actual presidente da Câmara justificado, em sede de Assembleia Municipal, que por vezes são esquecido por em determinados eventos não fazer sentido convidar todo o executivo.
Todavia, será estranho que nesses mesmos eventos estejam presentes os vereadores com pelouro e para cúmulo dos cúmulos nos eventos sob a égide do município ou por regie-cooperativas detidas maioritariamente pelo município, os referidos vereadores sem pasta continuem a ser votados ao esquecimento.
Não obstante, há alguns dias atrás, o referido executivo da edilidade de Guimarães assumiu uma clara admiração pelos Vereadores da oposição quando incluiu na agenda da reunião camarária o ponto de Revisão do PDM, tornando estes edis verdadeiros “Super-Heróis”.
Pergunto eu: como é possível que um ponto tão sensível como este, e ainda para mais, quando dizem que Guimarães vai apresentar uma candidatura a Capital Verde Europeia, seja dado para análise com quarenta e oito horas de antecedência?
Será que a oposição não tem o direito de se informar sobre um assunto de tamanha importância, de intrincada complexidade jurídica e com vários pormenores e minudências a carecerem de cidade análise?
Sabemos, contudo, que o projecto já foi objecto de discussão pública, mas lembramos que tal sucedeu há três anos atrás, e muito mudou: desde leis, a executivo, a vereadores, até no tocante a opções políticas.
Naturalmente, que assuntos desta magnitude deveriam ser trabalhados antecipadamente, promovendo reuniões com equipas técnicas, onde os Vereadores sem pelouro, que também representam os vimaranenses, pudessem ser esclarecidos para melhor defenderem os interesses do concelho, mas não…tal não ocorre!
Deste modo, lá tiveram os “Super-Heróis que pegar nas suas capas”, abdicar dos seus trabalhos e colocar mãos à obra, enquanto outros apoiados por secretários, assessores e adjunto dos assessores calmamente  preparavam a dita reunião.
É, pois, perfeitamente natural o descontentamento dos Vereadores da Oposição!
Sabendo-se que tais informações poderiam ser prestada antes do início do fim de semana em questão, porque optou a Autarquia por fazê-lo, apenas, depois do fim de semana?Terá sido por distracção? Lapso? Ou propositado?
E, em qualquer estado de direito e democrático a oposição é válida e útil para um bom governo…lembro-lhes, na nossa cidade, de assuntos como a bacia de retenção das Hortas, das regie-cooperativas, ou da Universidade das Nações Unidas. Todos eles, assuntos que foram resolvidos com a ajuda dos Vereadores da oposição, que existem para ajudar Guimarães, como estes exemplos demonstram!
Para findar, cito Franklin Roosevelt: “A única coisa que devemos temer é o próprio medo…”
Secretário Geral CDS Guimarães

Coligação em Serzedelo

quarta-feira, 6 de maio de 2015


Por Inês Almendra

Este Sábado, a Juventude Popular de Guimarães esteve presente na Festa das Cruzes. Esta celebração religiosa tem lugar em Serzedelo e a sua origem perde-se no tempo. Constitui o património imaterial do concelho de Guimarães e apresenta um valor inestimável para os habitantes desta vila vimaranense.

As Comissões Políticas da Juventude Popular, do CDS-PP, em conjunto com elementos da Juventude Social Democrata,do Partido Social Democrata, bem como do MPT, procuraram conhecer mais de perto esta tão estimada tradição. Sábado, dia 2 de Maio, assistimos ao trabalho de ornamentação das cruzes. Dezasseis famílias, auxiliadas pelas Mordomas, assearam as cruzes que viriam depois a ser expostas no nicho respectivo. Com farinha de centeio e flores naturais, as cruzes foram enfeitadas. As Mordomas fazem, todos os anos, um trabalho minucioso que pode demorar horas.

A visita foi conduzida pelo Presidente da Junta de Freguesia de Serzedelo, Raúl Manuel Peixoto. A Coligação Juntos Por Guimarães acompanhou de perto o lavor dos habitantes da vila de Serzedelo, dedicando-lhes o maior respeito por tudo o que dispendem em honra de tão respeitosa tradição. Cumpre-nos, assim, exaltar a Festa das Cruzes, exaltar a devoção dos habitantes de Serzedelo e apelar a que se lhê o devido valor. Pugnamos por uma maior divulgação desta festa religiosa, conferindo-lhe o crédito merecido. Reconhecemos o valor intrínseco desta festa de há décadas, a sua relação com o elemento familiar e os valores tradicionais que despoleta. Nunca é demais a exaltação das tradições e dos valores que acompanham Serzedelo, Guimarães e Portugal. Agradecemos, por fim, toda a disponibilidade dos habitantes de Serzedelo em mostrar-nos uma parte desta tão estimada tradição e esperamos que a mesma perdure. 

Presidente da JP Guimarães

Curtas...Atitudes Socialistas...

segunda-feira, 4 de maio de 2015


Por seu lado, o PS rejeitou o pedido de reunião remetido pela Coligação Juntos por Guimarães."

E assim continua a gestão municipal em Guimarães. Os pseudo DDT's de Guimarães, não querem nem sequer ouvir as propostas da oposição. As caras (pouco) mudam mas a atitude continua exactamente igual...

Retirado do Facebook de Alfredo Sousa

Camarate, 35 Anos Depois

sábado, 2 de maio de 2015

Por José Ribeiro e Castro

Quando saem notícias sobre a comissão parlamentar de inquérito (CPI) a Camarate, surgem perguntas de espanto; e críticas por ainda se andar à volta do assunto. Estarmos na 10ª CPI ajuda à admiração: «Dez comissões de inquérito e ainda não descobriram nada!?»

Na verdade, vão passar 35 anos sobre o 4 de Dezembro de 1980. Isto é, vão passadas quase duas gerações. Sá Carneiro e Amaro da Costa, as mais fortes referências entre as sete vítimas mortais do Cessna caído em Camarate, pouco dizem à generalidade dos que hoje têm menos de 50 anos – tinham 15 anos ou menos na data da tragédia. E o comum da opinião pública pouco sabe do processo e das suas enredadas peripécias. As perguntas são compreensíveis. Importa, portanto, esclarecer.

Primeiro, o «ainda não descobriram nada» não é verdade. Descobriu-se que foi um atentado. Falta determinar com absoluta certeza contra quem era dirigido, porquê e por quem, isto é: provar o alvo, o móbil e os autores materiais e morais do crime.

Segundo, porquê dez comissões parlamentares de inquérito? O número tem a ver com a sucessão das Legislaturas e com a não colaboração quer da Justiça e Polícia Judiciária, quer dos serviços de Aeronáutica Civil. A primeira CPI (1982/83) foi uma comissão clássica, de mera fiscalização sobre o que a DGAC e a PJ haviam feito – e a generalidade das críticas, justas, às insuficiências e confrangedora incompetência das investigações iniciais já consta do seu relatório. As seguintes foram comissões de outra natureza, procurando apurar os factos; e foram muitas vezes interrompidas por dissoluções parlamentares. Assim, a 2ª e a 3ª formam um mesmo bloco. A 6ª nem publicou relatório, continuando na 7ª. E a 9ª e actual 10ª são continuação dos trabalhos feitos pela 8ª CPI, que não pôde concluir as suas averiguações, em virtude da dissolução parlamentar em 2004. Infelizmente, a legislatura 2005/09 nada fez; os trabalhos só retomaram em 2010, com nova dissolução no início de 2011… Esta 10ª CPI deverá ser a última. O que não conseguirmos apurar e estabelecer neste quadro e por estes meios, é porque será praticamente impossível estabelecê-lo e apurar melhor neste quadro e por estes meios. Terá de ficar para a História e o jornalismo.

Há diligências de prova que só a polícia e instrumentos judiciários podem efectuar capazmente – e só em cima dos factos e acontecimentos ou com proximidade quanto a estes; não a 35 ou mais anos de distância. E, se serviços de inteligência estrangeiros, referidos no processo, não colaborarem com o que tenham ou não tenham nos arquivos, ajudando a separar a verdade da mentira e a clarificar objectivamente algumas questões, aspectos há que ficarão por esclarecer e determinar com rigor.

O processo foi intoxicado por uma precoce tese técnica de acidente, que se provou totalmente inconsistente; e sofreu negligência da Polícia Judiciária, que, embora desculpando-se com os “técnicos do acidente”, desprezou indícios de acção criminosa que logo conheceu e devia ter aprofundado. O bloqueio coube, depois, à obstinação corporativa do Ministério Público, fiel à tese “uma vez errado, errado toda a vida.”

Houve tempo perdido. Tempo que nunca se recupera por inteiro.

O que sabemos e soubermos ao Parlamento ficamos a devê-lo. Entre dificuldades e limitações, só a Assembleia da República cumpriu o seu dever.

Naqueles dois primeiros anos a seguir à tragédia, em que pouco sabíamos do que acontecera, era habitual o tema de Camarate vir à baila em reuniões do partido e da Aliança Democrática, ou em sessões de esclarecimento públicas que então se faziam. Numa delas, face à insuficiência do que eu tinha para dizer, um cidadão interpelou-me assim: «Pois é! Fossem vocês a ter morrido e eles estivessem vivos, podem ter a certeza de que Sá Carneiro e Amaro da Costa não deixariam pedra sobre pedra até se saber tudo sobre como tinham morrido ou quem vos tinha assassinado!» Esta frase nunca mais me saiu do espírito. Camarate é um dever moral – para com as vítimas; e para com os cidadãos. Saber o máximo que pudermos tem sido um imperativo.

Retirado de http://www.cds.pt/folhacds/2015/04/20150430/ribeiro-e-castro.html