25 Novembro...Hoje, A Liberdade em Perigo

quarta-feira, 25 de novembro de 2015



O dia 25 de Novembro nunca foi evocado como devia ter sido seja nos meios em que se faz política, seja na imprensa...aliás, nas aulas de história só muito superficialmente é abordado, o que contribui desde logo para que os jovens estudantes fiquem sem a noção da importância do dia e o mesmo seja permanente injustiçado!

E com efeito, tem relevância e muita...e cada vez mais!

Na verdade, foi a partir deste dia de 1975 que Portugal pôde consolidar-se democraticamente, disse não a radicalismos. Evitou-se, pois, a sua transformação num estado socialista com uma mais que provável guerra civil a suceder, negou-se a construção da ansiada Cuba europeia, e partiu-se do Processo Revolucionário em Curso para o Processo Constitucional em Curso.

Constituição, essa, que apesar de ser de matiz eminentemente socialista – uma concessão que até Freitas do Amaral reconhece nas suas memórias – permitiu que o país soubesse entrar nos caminhos da Europa moderada, civilizada, o que foi conducente a um posterior processo de integração europeu.

E, isso, tem de ser valorizado...

Mas, para além disso, porque depois do 25 de Novembro, não existiram mais momentos tenebrosos como os militantes vimaranenses do CDS viveram no famigerado Comício do Teatro Jordão, em que a vontade de constranger, o ódio, a intolerância por quem em tempos tão difíceis ousava pensar diferente, quase levava a uma tragédia de proporções inimagináveis.

E por isso, nunca poderíamos deixar de evocar tal data...

Ainda para mais, quando ontem, fruto de um processo em tudo semelhante com o PREC de há quarenta anos, um dos partidos que soube fazer pender a balança, na altura, para a legalidade democrática, assenhoriou-se do poder, assaltando-a de forma subreptícia.

Assalto esse, que para as esquerdas radicais de hoje, não é mais do que a tentativa de almejarem o que falharam há quarenta anos. A tentativa de impor o discurso de Estado em detrimento do individuo, a tentativa de impor um estado musculado em detrimento de um estado que se quer social, mas deixa espaço ao eu, a tentativa de amordaçar quem quer empreender, arriscar e ousar...

E, hoje, passados 40 anos, e por isso, o caminho é mais pedregoso do que nunca...

E se, passados estes anos, e tendo dado como adquiridas os direitos, liberdades e garantias para se vislumbrar desde o passado dia 04 de Outubro que as mesmas não se encontram consolidadas do modo que se pensava, tal data foi evocada de modo simples, cabe-nos agora, conservadores, liberais ou democratas-cristãos, reforçar a importância de tal evocação...

Pois, como então, hoje a liberdade está em perigo!

Artigo de Vasco Rodrigues - Comissão Política CDS Guimarães

O Rally Foi e Não Volta

sábado, 21 de novembro de 2015


Uma das regras básicas do negócio reside na manutenção das principais fontes de receita, enquanto elas se vão mantendo.

E assim, quem descobre uma galinha de ovos de ouro mantem-na a todo o custo e espera que a mesma não seja raptada por um concorrente ávido.

Mas, será que toda a gente é assim?

A Câmara de Guimarães não, atendendo ao modo como suspendeu o Rally da cidade e fez o anúncio disso de modo desabrido e inesperado.

Na verdade, tal decisão é um atentado a uma cidade que, ainda, em 2013 foi Capital Europeia do Desporto. Um desrespeito pelos inúmeros aficionados do Norte do país que se deslocaram à nossa cidade e que já tinham as datas marcadas no seu calendário para voltar. Uma tremenda desconsideração ao melhor piloto do Campeonato Nacional de Rally, Pedro Meireles, mas a outros nomes de vulto da modalidade, como o co-piloto Jorge Barros, num universo de cerca de dez vimaranenses de gema e que no asfalto e no pó sempre honraram usar as cores da cidade.

E, isso, apenas demonstra uma Câmara de vistas curtas e de horizontes limitados, com pouca chama.

Efectivamente, não se entende que se deitem para trás das costas os muitos proventos económicos que tal evento traz... que se despreze os visitantes, inclusivamente muitos espanhóis, que, por virem à cidade do Rei deixam o seu dinheiro nos restaurantes, nos hóteis e podem, inclusivamente, ficar com vontade de regressar?

Ou, será que o turismo não é uma das preocupações de uma cidade que se ufana de ser o Berço da Nacionalidade e é Património Mundial?

Além disso, será que quem suspendeu o melhor Rally do Campeonato Nacional já olvidou as enchentes dos troços nocturnos de 2013 e 2014? Será que ter um povo na rua, com jovens e velhos na rua a ver os bólides passar é atentatório à paz social?

Além disso, as imagens da cidade na televisão, das freguesias onde os carros passam, as notícias nos informativos da rádio e da televisão não seriam úteis que se ouvisse o nome de Guimarães? Ou será que a divulgação do nome da cidade não é necessária?

Atendendo a tais factos, deixamos o repto: a Câmara Municipal de Guimarães, na pessoa do seu vice-presidente, Amadeu Portilha, que anunciou a suspensão da prova, que venha a público informar as perdas que as duas edições do Rally suscitaram à autarquia, para que todas estas questões deixem de fazer sentido, caso contrário as mesmas demonstrarão o que já se sabe do actual executivo: um poder oco, deslocado dos cidadãos e de vistas curtas... e isso, só faz Guimarães recuar no tempo!

P.S. Entretanto, soube-se que o mesmo executivo está empenhado em trazer a Taça Davis para Guimarães, num escaldante Portugal- Áustria, em que o “nosso” João Sousa, será cabeça de cartaz.

Uma medida que se saúda mas demonstrativa do estado errante do poder socialista, já que como é possível que para uma actividade de massas não exista interesse em investir e para uma, que não é “tão de todos”, haver tanto interesse? Ou será que é mais fácil aparecer nas fotografias de um camarote do Pavilhão Multiusos do que no pó de um qualquer troço de Briteiros?

Ainda assim, lá estaremos a apoiar um vimaranense ilustre de nome João Sousa, mas tristes por não poder dar o mesmo carinho a outro igualmente merecedor, de seu nome Pedro Meireles... sendo que ambos nos dias que correm são dois dos maiores embaixadores da honra de ser vimaranense...

Artigo de Vasco Rodrigues - Comissão Política Concelhia CDS Guimarães


A Taberna

quinta-feira, 19 de novembro de 2015


"Endoidou", "isto não é um presidente, é um gângster", "discurso miserável de um miserável presidente", "este presidente é mesmo foleiro", "provinciano", "chefe de fação", "torpedo", "corifeu de lamúrias", "o Cavaco", "nada, zero, inútil, traidor, autocentrado, calculista, contraditório, que é formalmente presidente da República".

O PS, da invariavelmente proclamada ética republicana - pobre referência conceptual - vem tratando assim, rigorosamente, o chefe de Estado constitucionalmente representante da República, garante da independência nacional, da unidade do Estado, do regular funcionamento das instituições democráticas e Comandante Supremo das Forças Armadas.

Mas António Costa, entrevistado esta semana na RTP com ar chumbado e queixo trémulo, achou normal, a propósito da situação política nacional, mostrar-se "chocado com      a agressividade verbal que tem sido utilizada", traduzindo "um clima de crispação que não contribui em nada para aquilo que é necessário hoje na sociedade portuguesa".

Sem "açaime", os operacionais da linha da frente do PS dedicam ao presidente da República a mesma solenidade institucional que concedem na taberna da terra aos responsáveis pelos incidentes futebolísticos da semana.

Mas António Costa sente-se agastado, desolado, destroçado, porque Pedro Passos Coelho, impedido de ser primeiro-ministro apesar da vitória do PSD e do CDS nas urnas, reclama condições para submeter a votos a usurpação do poder que o PS tenta, contra a vontade da maioria dos eleitores portugueses.

A António Costa nem sequer resulta estranho querer governar sozinho, em minoria, relegando para a Oposição a maioria que venceu, invocando um acordo parlamentar feito de nada. No essencial, BE e PCP só se comprometem a inviabilizar moções de censura do PSD ou do CDS e a reunir, que é como quem diz, conversa. E consegue manter-se impávido nos apelos à "postura responsável" de Paulo Portas e Pedro Passos Coelho, argumentando que "o que é essencial é Portugal não desperdiçar o fator de estabilidade política", depois de na campanha eleitoral ter assumido que o PS votaria contra o próximo Orçamento do Estado, mesmo sem lhe conhecer o texto.

Em tempos já de si difíceis, António Costa é responsável por uma das maiores crises políticas vividas em Portugal desde o 25 de Novembro. E para lá da conflituosidade escusada, trouxe ao regime democrático níveis absolutamente insuportáveis de cinismo.


A evidência não decorre de nenhum "ressabiamento nervoso da Direita". É mesmo constatação de quem tem vergonha na cara.

Artigo de Nuno Melo no Jornal de Notícias

Núcleo de Azurém do CDS Instalado

terça-feira, 17 de novembro de 2015


A Comissão Política Concelhia do CDS-PP instalou no passado sábado o Núcleo de Freguesia de Azurém, do Partido e da Juventude Popular.

A iniciativa contou com a presença do Sr. Vereador do CDS na Câmara Municipal de Guimarães Eng.º Monteiro de Castro e da Líder do Grupo Parlamentar na Assembleia Municipal Dr.ª Ângela Oliveira.

A abertura do encontro coube ao Dr. Vasco Rodrigues que é o coordenador e editor do Blog Rumar à Direita. Este espaço de opinião insere-se num conjunto de medidas que a Comissão Política Concelhia está a levar a cabo no intuito de melhor estruturar a política de comunicação do partido. Vasco Rodrigues, referiu que no período experimental de seis meses o Blog atingiu mais de 10.000 visualizações. <<É um número muito simpático se atendermos que só hoje é feito o anúncio oficial e que significa que mais de 1.500 pessoas mensalmente lêem um conjunto de artigos de opinião que os militantes do partido se dispõem a fazer para este espaço internético>>. Explicou ainda que todos os militantes e sobretudo os núcleos de freguesia que agora se instalam podem participar ou com informações gerais, ou com artigos de opinião sobre os principais temas da atualidade. << Há espaços para política internacional, nacional e local.

Há também um espaço de humor e é em todo caso um Blog aberto aos militantes e às opiniões da nossa área política>>. Finalizou convidando todos os presentes a acompanhar o Blog que também está presente na rede social Facebook para melhor divulgação da página.     
Seguiu-se a tomada de posse dos membros do Núcleo de Azurém.

Começaram as principais dinamizadoras da Juventude Popular, Sara Laviada Peixoto e Mafalda de Freitas Costa. As jovens propuseram-se a criar um grupo coeso e forte, preparado para intervir nas principais organizações juvenis da freguesia de modo a dinamizar a juventude.

Tomaram posse depois os membros do Núcleo do CDS a que se seguiu o discurso do Presidente da nova estrutura, Dr. Paulo Peixoto. Aquele responsável, que é também membro da concelhia do Partido, assegura atualmente a representação da Coligação Juntos por Guimarães na Assembleia de Freguesia de Azurém. << A institucionalização deste Núcleo, por ser o primeiro do Partido, traz-nos mais responsabilidade. Mas na sequência do trabalho que já temos vindo a desenvolver junto da população e de modo formal na Assembleia de Freguesia, só nos enche de orgulho o reconhecimento que nos é dado para melhor fazermos uma oposição construtiva ao executivo socialista e preparamos uma alternativa política consistente>>. Lembrou ainda que há muitos temas na freguesia a fervilhar, nomeadamente as mais recentes obras que estão a deixar moradores e comerciantes insatisfeitos face a algumas soluções que dificultam o quotidiano de quem vive ali. Terminou com uma mensagem de confiança na equipa e no trabalho que se desenvolverá prometendo atenção aos principais anseios dos habitantes de Azurém.

O encerramento da sessão coube ao Presidente da Concelhia, Orlando Coutinho. O responsável lembrou que um dos desideratos do órgão a que preside é desenvolver uma política de proximidade com a população e que os Núcleos Territoriais são o melhor instrumento para garantir a participação das pessoas e corporizar as suas legitimas espetativas para a comunidade em que residem. Disse ainda que este Núcleo é o primeiro dos 12 que estão previstos para o concelho e que tão breve quanto possível convidará o Coordenador Autárquico Nacional do Partido, o Arquitecto Domingos Doutel, para dar uma formação detalhada a todos os autarcas, destacando aqueles que agora exercerão responsabilidades nos Núcleos. 

Lembrou ainda que a política de comunicação do partido está a sofrer uma evolução positiva <<temos pessoas nossas que dão opinião nos diferentes órgãos de comunicação social de Guimarães; temos agora um Blog que reforçará a disseminação de opiniões na WEB; está em fase final de construção o site oficial do Partido; estamos nas redes sociais; teremos em breve – recorrendo à tecnologia sound cloud – uma rádio on –line e finalizaremos este projeto com a TV – on line.>>

Abordou ainda o momento político concelhio e o trabalho dos autarcas do CDS no seio do projeto de construção alternativa ao atual poder concelhio socialista que está a ser  consubstanciado na Coligação Juntos por Guimarães.

Deixou uma palavra de esperança aos presentes e agradeceu a todos aqueles que se dispuseram a materializar aquele Núcleo de Freguesia e a dar a cara pelo Partido, que ademais é um incentivo para os vizinhos dos Núcleos Territoriais que estão em preparação.

A cerimónia encerrou com um Verde d´honra e um convívio de militantes.


A Democracia Cristã Pode Salvar a Europa

domingo, 15 de novembro de 2015


A Europa vive em sobressalto.

Outrora, um espaço acolhedor, aprazível e onde a paz era um dado adquirido, tornou-se um cenário de guerra, inquieto, onde qualquer local pode ser alvo de um atentado.

Madrid em 2011 e Paris, duas vezes no presente ano, são alguns dos retratos de tal realidade e que nos fazem pensar se, enquanto cidadãos responsáveis na nossa medida pela integração europeia, falhamos.

E a resposta será dolorosamente afirmativa...

Numa época em que se vangloria o mais forte, o mais apto, o mais resoluto, o mais bem sucedido, em que quem tem mais dinheiro olha de soslaio e com desprezo pelo que tem menos, a Europa esqueceu-se de perceber a distinção no binómio crescimento/desenvolvimento.

E a verdade é que neste momento, socialmente, a Europa parece ser um ser que tem problemas com um crescimento acima da média, mas cujos membros são desproporcionais do tamanho do tronco e a cabeça não encaixa nas restantes partes do corpo.

E é essa terá de ser sempre uma das preocupações de um democrata cristão, que deve ser uma das matizes sociais que terá de encorpar sempre o pensamento da construção europeia.

Efectivamente, depois de assistirmos à barbárie da passada Sexta feira, chegamos a uma cruel conclusão: se os algozes que perpetraram tais hediondos actos eram cidadãos Europeus de pleno direito, a verdade é que todos nós falhamos!

E esse falhanço começou no momento do nascimento de quem transvergiu no caminho que deveria seguir... falhou no momento em que desde o infantário separamos os petizes pelas capacidades ou até pelo rendimento dos pais...falhou desde que na primária existem turmas de bons alunos devidamente selecionados... falhou nos liceus e nas universidades em que os professores se esquecem de tentar perceber os problemas que um qualquer jovem traz na alma... ou quando no mercado de trabalho ostracizamos aquele colega que por qualquer razão, naquele dia, é incapaz de acompanhar o nosso ritmo, as nossas ideias, os nossos objectivos.

E isso, perdoem-me, a culpa será de todos... todos nós, nos habituamos a premiar os que almejam com maior facilidade o sucesso, a querer acompanhá-los, até a invejá-los... e em sentido contrário a repudiar a quem ninguém ouve...

E será esse o grande papel da democracia cristã na Europa, nos dias de hoje. Ser a bandeira da integração do espaço comunitário, o fiel de uma balança entre o capital e as pessoas, o humanitarismo num mundo necessariamente monetarista... O tempo urge,pois...e, apesar do que se perdeu jamais poder ser recuperado, mas nunca será tarde para começar!!

Artigo de Vasco Rodrigues - Comissão Política CDS Guimarães

Acordos e Acordinhos

terça-feira, 10 de novembro de 2015


Depois das taxas e taxinhas de António Costa eis que chegam os acordos e acordinhos.

António Pires de Lima avisou, e bem, e as taxas e taxinhas que António Costa tinha preparadas para implementar em Lisboa lá apareceram.

Desta vez, foi António Costa e os restantes líderes da extrema-esquerda que avisaram que vinha aí um acordo, mas afinal, vamos ter só uns acordinhos.

Cavaco Silva avisou que não daria posse a uma solução de governo que não garantisse estabilidade e credibilidade ao país e que, para isso, era necessário um acordo. Pois bem, não há um acordo, há só acordinhos. E isso não chega.

Espero, impacientemente, que Cavaco Silva não dê posse a esta fantochada. Isto resolvia-se rapidamente e eficazmente, caso houvesse coragem dentro do PS e Seguro usassse dos "seus" deputados para viabilizar o governo eleito e corresse com Costa para fora do PS no próximo congresso. Para isso, bastava um acordinho entre a PàF e Seguro. Um acordo de legislatura. Com cedências de parte a parte e um conjunto de compromissos que ambos tinham que cumprir. Caso a PàF falhasse, lá ia o governo abaixo.

O problema, e o que mais me assusta, é que dentro do PS (quase) tudo se cala quando cheira a poder. Nem que esse poder seja por pouco tempo e arrancado a ferros, cedendo tudo à extrema-esquerda e sacrificando todo um país. O problema é que Sócrates ainda manda no PS, como se viu em Vila Real...

Hoje é o grande dia! É o dia apenas dos Homens com H grande. A Constituição que tanto a Esquerda jura defender diz claramente que o mandato de deputado tem que ser exercido livremente. Mesmo que não o dissesse, assim o manda a consciência e a honra!


Que Deus guarde Portugal!

Artigo de Alfredo Sousa - Presidente da Distrital de Braga da JP