A Toque de Caixa...

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016


O tema deste artigo centra-se nas ancestrais Festas Vimaranenses: as Nicolinas.

E para dizer ao que venho, serei direto: a esquerda local é contra a elevação das Festas Nicolinas a Património Imaterial da Humanidade. Só isso explica que – pasme-se – tenham inscrito primeiramente no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial a tradição das Passarinhas e dos Sardões das Festas de Santa Luzia, sem que houvesse especial demanda pública para o efeito, antes mesmo das Nicolinas.

Só isso explica que a autarquia precisasse de 11 longos anos para ser consequente desde a primeira iniciativa política em sede de Assembleia Municipal apresentada à época pelo líder parlamentar do PSD – André Coelho Lima – e que, quem lá esteve recordar-se-á, não mereceu unanimidade, já que o Bloco de Esquerda não votou favoravelmente esta pretensão.

Só isso explica que, um dia após o Líder da Coligação Juntos por Guimarães pedir explicações de como estava o processo, o PS tenha apressadamente corrigido a mão dizendo que <<agora é que é, agora é que vamos tratar disso>>.

Depois espantam-se que o Jornal Expresso confunda Nicolinos com “campinos de Natal”? Com tamanha displicência do poder socialista bem podemos atirar à ignorância jornalística, mas há falha grave política quanto à divulgação desta efeméride. E a falta de reação política imediata e enérgica ao mais alto nível é, também ela, um sintoma desta convicção.

Aliás, nas mentes mais apuradas, já todos tínhamos percebido esta animosidade à esquerda com a multisecular tradição etnográfica dos estudantes vimaranenses; mas, muito recentemente – nas redes sociais e blogosfera – enervados com a tentativa de disfarce, deste mau estar, que Domingos Bragança empreendeu, ao colocar em catálogo o que já deveria estar há muito, doutos intelectuais de esquerda, não contiveram as suas glândulas sudoríparas e transpiraram de forma veemente o seu protesto. Só porque, veja-se o pretexto, o Vereador do CDS, Eng.º Monteiro de Castro, não viu energia, não viu vontade, não viu atitude, nos responsáveis municipais para este empreendimento. E também porque, “ousou” questionar o académico, de respeito é certo, que levou a efeito o primeiro estudo sobre a matéria, acerca dos motivos pelos quais só se apontavam fragilidades sem conceder soluções e porque se omitia de forma evidente as potencialidades desta candidatura.

O argumento, que os meus muito estimáveis (e corajosos porque há mais, mas escondidos) Esser Jorge e Casimiro Silva usaram, foi – trocado por miúdos – “como pode um Engenheiro Civil questionar tamanho Antropólogo?”

Pois bem meus caros, a dimensão política em que se coloca a questão em apreço, não só pode - como deve ser dissecada nos fóruns próprios para o efeito. E foi-o. Por um Vereador, independentemente da sua formação de base. Ao negarem esta possibilidade estão a incorrer na velha arrogância tipicamente “sinistra” que contra factos não há argumentos. Ora é exatamente contra os factos que se argumenta, de contrário seria o fim da política enquanto tal. O pensamento único e inargumentável é o fim da democracia, do pluralismo, do multipartidarismo. E não tenho em vós desses precursores.
E quanto aos argumentos por ele expendidos o que dizem V.Exas? <<Bola>> para citar um eminente treinador na dita.

Somente não se pode meter a “foice em seara alheia”. O que para mal dos V. pecados não é assim. O Advogado André Coelho Lima, questionou e bem (em sede própria, na Câmara) a obra do brilhantíssimo Arquiteto Siza Vieira (Parque da Mumadona) porque não tinha acessibilidade para deficientes motores. Que fez o PS? Votou contra a proposta de melhoramento desta acessibilidade. O mesmo “modus operandi”, portanto.

Voltando “à vaca fria” para usar da “diplomacia” em voga, V. Exas ficam-se então pela única premissa: aos Engenheiros o betão, aos Antropólogos a etnologia! Que seria da ciência se nos guiássemos por aqui?! Franz Boas, por exemplo, jamais poderia dar o seu inestimável contributo à “inquestionável” ciência antropológica, já que provinha da Física. E se o Sir Francis Galton, um Antropólogo e lente eminentíssimo à época, não fosse (e foi-o tragicamente tarde para vergonha da humanidade pelas consequências que daí advieram) nunca jamais questionado? Seriamos todos filhos de Gobineau, Chamberlin, Lapouge ou Woltmann?!…

Se nunca se questionasse o método, os sucedâneos de James Frazer continuavam a dizer como ele << Estar com as tribos sobre quem disserto? Deus me livre!>> Ainda bem que tivemos depois Malinowski ou Margaret Mead; e que útil seria esta última se, por aqui tivesse passado, já que as Nicolinas carregam uma marca clara de ritual de passagem à idade adulta com traços de fertilidade. Será exatamente por isto que a esquerda local não simpatiza com as Nicolinas? Por ser uma tradição atávica, viril e identitária? Marcas de que tentam sempre afastar-se na busca de um igualitarismo artificialmente construído, ao jeito do materialismo dialético?

No fundo, meus caros, o que o Eng.º Monteiro de Castro clamou foi que, o estudo vindo do respeitabilíssimo e notabilíssimo Jean-Yves Durand, segue a escola de Evans – Pritchard, ou seja, é mais descritivo do que explicativo o que impede – de modo científico, que se corrijam as falhas, se evidenciem as potencialidades e se avance para bom logro do processo. E é nisso que nos devemos concentrar.    

Arregacem lá as mangas meus senhores e mãos à obra neste desiderato que não é nosso nem vosso – a exemplo da Capital Verde, embora nesta estejam a começar a casa pelo telhado - mas é de todos os vimaranenses. Engulam o sapo e façam o vosso dever, de contrário, serão corridos ao jeito Nicolino e do título desta crónica: a toque de caixa! E bem podem espernear que é assim mesmo como vos digo.
Se inverterem o caminho e se ligarem à corrente, serei eu o primeiro a convocar a “Potlatch”.


Bem Vistas as Coisas, a esquerda local é contra a elevação das Festas Nicolinas a Património Imaterial da Humanidade. Ou invertem o caminho, ou serão corridos a toque de caixa!

Artigo de Orlando Coutinho, Presidente da Comissão Política CDS Guimarães, no seu Blog "Bem Vistas As Coisas"   

A Máquina do Tempo...

sexta-feira, 18 de novembro de 2016


A obra literária de Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra, poderá servir de ponto de partida para algumas reflexões sobre a política autárquica vimaranense.

Com efeito, apesar da trama relatar a viagem de Lisboa até ao Ribatejo servindo essa para contar a história do amor de Joaninha e Carlos, a verdade é que o leit motiv essencial da obra centra-se no confronto óbvio, na altura, entre o Portugal envelhecido e corroído pelo absolutismo e pelo desempoeirado Portugal, que se pretendia renovador e liberal.

Todavia, por muito, que nos possamos surpreender, na actualidade esse desafio de forças opostas ainda existe em muitos locais, onde o poder instalado foi-se cristalizando e sobrevivendo, ganhando laivos de absolutismo.

Em Guimarães, que é o que nos interessa, a verdade é que trinta anos de poder nas mesmas mãos levou a que tal ocorresse. Fruto de um poder desmesurado na Câmara Municipal, na Assembleia Municipal e nas freguesias, facilmente as ideias gizadas eram postas em prática e, pasme-se, as boas ideias apresentadas pela oposição eram facilmente rejeitadas, por não terem o selo da paternidade pretendida!

Porém, fruto das limitações de mandatos, teve de ocorrer a necessária mudança de poderes, ainda que o ideal de governação se procurasse manter imutável. Contudo, tal imutabilidade sofreu um sério rombo, já que, hodiernamente, a organização dos principais partidos da oposição (PSD e CDS) na Coligação Juntos por Guimarães, à qual também se juntaram o PPM e o MPT, levou ao descontrolo de quem manda.

Tal descontrolo tem sido visível na falta de rumo de governação e num combate dialético entre quem vai bolinando à vista e quem tem um projecto definido para Guimarães, quem vai a todas as freguesias, quem conhece os elementos de todas as associações, quem com eles fala.

Fruto desse combate, o descontrolo é visível e tem feito quem manda viajar numa máquina do tempo. Viagem essa que tem como objectivo apostar nas boas ideias que anteriormente a oposição apresentou, mas que por terem tido essa paternidade foram rejeitadas.

Falamos do metro de suprerfície, agora apresentado com um nome mais chic de tramway. Pega-se numa ideia de 2004, de Rui Vitor Costa, dá-se um polimento, coloca-se um laçarote para parecer uma ideia nova et voilá... propõe-se algo que anteriormente o mesmo partido houvera recusado.

Falamos da Loja do Cidadão que Guimarães vai passar a ter e que se saúda. Porém, é importante recordar que os Vereadores da coligação Juntos por Guimarães já haviam reivindicado essa medida para o nosso concelho, em Abril e Maio de 2015, no âmbito do Programa “Aproximar” implementado pelo anterior governo PSD/ CDS, seguindo uma estratégia que visava a reorganização dos serviços de atendimento da Administração Pública com o objectivo de aproximar o Estado dos Cidadãos.

Importará, no tocante a esta situação relembrar que em reunião de Câmara realizada no dia 30 de Abril de 2015, o vereador André Coelho Lima questionou o Presidente da Câmara quanto ao trabalho que Guimarães está fazer para ser uma das contempladas com a instalação de Lojas do Cidadão na segunda fase, após a aprovação do Programa “Aproximar” com a inauguração de 36 novas Lojas do Cidadão no País.

Na altura André Coelho Lima felicitou o Governo por avançar com a iniciativa de instalar Lojas do Cidadão em todos os concelhos do País e não apenas em alguns como até aqui sucedia, tendo revelado que “se já era estranho que Guimarães, uma cidade da nossa dimensão e importância, não tenha sido contemplada com uma Loja do Cidadão, achamos que devemos agora estar na linha da frente para que a nossa cidade seja das primeiras a receber as Lojas do Cidadão cuja instalação será decidida em breve”.

Ou seja, tal medida apresentada é novamente de paternidade que desagrada a quem manda e que a todo o custo procura fazer da ideia sua.

Por seu turno, Ricardo Araújo, em 16 de Julho de 2015, questionou a Câmara sobre quais as diligências que estavam a ser tomadas no sentido de Guimarães ter uma Loja do Cidadão a curto prazo. Na resposta, o Presidente da Câmara defendeu que "a criação da Loja do Cidadão no actual modelo destina-se a acabar paulatinamente com os serviços de proximidade até agora assegurados pelas Repartições de Finanças e pela Segurança Social".

Então, o que mudou?

Apesar de, como se referiu, saudar-se a medida, a verdade é que as viagens ao passado, na nossa terra, do Partido Socialista só demonstram uma governação sem ideias, nem rumo próprio...um relembrar do bom trabalho, de quem fora da governação, tudo faz para que Guimarães cresça e se desenvolva...

Quanto às próximas ideias da Governação, o leitor ouse também entrar na máquina para prever o que vai suceder...

Artigo de Vasco Rodrigues - Comissão Política CDS Guimarães


Coligação... Uma Força Que Ninguém Pode Parar!

domingo, 23 de outubro de 2016

 Realizou-se, hoje, no Mit Penha a assinatura do acordo de Coligação Juntos Por Guimarães. Três forças políticas comprometeram-se no apoio a André Coelho Lima, sendo que faltou a formalização da quarta, que é o MPT.
Assim, PSD, CDS e PPM assumiram a vontade de alterar o panorama político vimaranense rumo à mudança de paradigma governativo no concelho de Guimarães.

 O candidato André Coelho Lima, que no seu discurso prometeu "sangue, suor e lágrimas e toda a dedicação ao concelho, exortando todos os vimaranenses a seguirem-no.

 A sala cheia demonstrou o apoio dos vimaranenses a este projecto.


 Os líderes das concelhiaas dos respectivos partidos estão Juntos Por Guimarães, em torno do candidato André Coelho Lima...


António Meireles, representante do PPM vimaranense, assumiu o seu compromisso com a Coligação afirmando que este representa os valores monárquicos.


César Teixeira, líder do PSD, num discurso eivado de momentos pessoais ao candidato, considerou que está na altura de travar o despesismo que grassa na autarquia vimaranense.


Orlando Coutinho, líder do CDS, reforçou as iniciativas da Câmara são meramente propagandísticas, tal como a Cidade Verde Europeia, já que não demonstra qualquer preocupação ambiental. Ao invés, André Coelho Lima demonstra uma real preocupação pelo concelho.


Juntos por Guimarães...até à vitória...

O Homem Certo Na Coligação Certa...

quarta-feira, 19 de outubro de 2016


André Coelho Lima será o candidato da Coligação Juntos Por Guimarães às eleições autárquicas que decorrerão no próximo ano.

Uma escolha óbvia e clara nos partidos que integram a referida coligação e que demonstra o objectivo de fazer o panorama político vimaranense rumar à direita.

Obviamente, não será um caminho fácil... trinta anos de (des)governo socialista deixaram marcas profundas e solidificaram um regime de vassalagem próprio da idade média difícil (mas não impossível!) de desbaratar. Com efeito, foram criados lobbies, redes de influências e de interesses que se cristalizaram nos tempos num absolutismo impróprio dos tempos que correm.

Mas este status quo, em que o partido do poder se for aconchegando e adormecendo, favoreceu o aparecimento de uma força diametralmente oposta. Uma força que teve de se saber preparar para combater e remover esses engulhos, que teve de fazer o caminho próprio de quem quer dar um novo caminho ao concelho e que nunca se conformou com a apatia reinante em que Guimarães foi emergida...

Essa força, corporizada em homens que dão rosto à Coligação, como André Coelho Lima e César Teixeira (que me perdoem outros, mas seria fastidioso e até poderia incorrer no risco de olvidar algum, pelo que citarei estes em representação de todos) no PSD e Orlando Coutinho e Engenheiro Monteiro de Castro no CDS ( aqui voltarei a colocar tão só estes nomes, mas em representação de todos os demais), bem como os ilustres representantes do MPT e do PPM, foi-se preparando para no momento certo, conseguir nas urnas, resgatar o concelho, já que para o partido do poder olha para Guimarães como uma sucessão dinástica.

Sucessão essa, em que não existe qualquer preocupação pelos cidadãos (sejam eles do centro do concelho, sejam das freguesias), em que não há qualquer visão de futuro, limitando-se apenas, e após o respectivo processo de ascensão, a ocupar os lugares de poder, tenham ou não vocação para isso.

Aliás, este último mandato autárquico tem sido a prova disso. Independentemente das qualidades pessoais, que serão muitas, ao actual edil da autarquia falta aquilo que torna os presidentes da Câmara relembrados no passar dos anos: rasgo político, temperamento genioso, capacidade do golpe de asa, visão a longo prazo e projectos de futuro e não meramente propagandísticos e tendentes simplesmente a perpetuar o poder.

Ao invés, na Coligação assistimos ao contrário... assistimos a visitas permanentes a todas as freguesias da cidade, ao prazer do contacto pessoal com todas as pessoas e instituições (não estivéssemos a falar de pessoas que sempre tiveram o prazer de nelas trabalhar) e uma política de proximidade e de preocupação com todos, que ao contrário do que vai sucedendo, vai muito para além da muralha que circunda Santa Clara.


E, honestamente, é daí que se adquire a dinâmica de vitória que neste momento se sente em quem luta para que este projecto seja o projecto de Guimarães...  e, assim sendo, a certeza é cada vez mais uma: André Coelho Lima tem tudo para ser o presidente do século XXI em Guimarães... o homem, que pela sua juventude e visão, poderá encabeçar, como ele referia numa esclarecedora entrevista, o projecto de levar Guimarães a ser uma referência do Norte... esperemos que assim seja!!!

Artigo de Vasco Rodrigues - Comissão Política CDS Guimarães

Os Popós do PS

terça-feira, 4 de outubro de 2016


Já em vários artigo que fui escrevendo aludi ao facto de que servir a causa pública obriga a um conjunto de características especiais que passam pela vontade de servir os outros e, por vezes, de um certo desprendimento do eu em prol da comunidade que é o todo que o homem público deve estar preparado para defender.

Essa será a característica mor dos grandes estadistas!

Infelizmente, e apesar de nos querermos referir ao micro cosmos que é Guimarães, tais qualidades não poderão nunca deixar de estar presentes.

E, infelizmente, fruto talvez de algum tiques de poder de 30 anos ininterrupto, tal não sucede.

Com efeito, foi na última assembleia municipal denunciado pela líder da bancada do CDS-PP, Ângela Oliveira, o uso pessoal dos carros da Câmara pelos vereadores com pelouros distribuídos...leia-se socialistas!

Tal é uma prática abusiva, violadora do código dos rendimentos (IRS) e lesiva de todos os cidadãos.

Além disso, diremos nós, demonstrativa de como tem sido a governação do punho fechado em Guimarães.

Com efeito, em antonímia com o seu logótipo uns verdadeiros mãos abertas para os seus pares!

Não é normal que com o país em dificuldades este comportamento seja adoptado... por mais razões que possam existir, tal afigura uma atroz e desavergonhada afronta aos cidadãos que sacrificadamente se têm de dirigir todos os dias para os seus trabalhos, para os seus afazeres, nas suas próprias viaturas.

É de quem perde a noção da realidade e que vive num mundo muito próprio em que tudo lhe é permitido. Com efeito, o absolutismo dos já referidos trinta anos fazem mossa e permitem este tipo de situações.

Ou será que os carros usados não consomem combustível, não necessitam de trocar de pneus e de fazer revisões periódicas?

E se fossem usados, única e exclusivamente, em serviço afecto à autarquia não demoraria bastante mais tempo a chegar ao momento desses gastos?

E a pergunta mais dolorosa: de onde é gerado esse dinheiro? Obviamente, do munícipe que é depauperado dos seus rendimentos para os seus representantes poderem passear-se, deixando as suas viaturas nas garagens.

É que como,  e bem disse Ângela Oliveira, para não pagarem os seus impostos ( que neste caso seria em espécie) acabaram por onerar os particulares...


Nunca saíram tão caros os popós socialistas...

Artigo de Vasco Rodrigues - CDS Guimarães