O Dinheiro dos Vimaranenses Foi Um Ar (Que Não Condicionado) Que Se Lhe Deu...

terça-feira, 27 de setembro de 2016


Tenho, para mim, uma regra básica que passa pelo seguinte: antes de fazer qualquer investimento há que analisar os prós e contras do mesmo, para não suceder que posteriormente perceba que esse dinheiro poderia ter sido aplicado de modo mais sapiente, ou pior que é vir a fazer-me falta.

Este pressuposto básico de gestão será comum a todas as famílias portugueses que orçamentam a sua vida familiar em função do ratio utilidade/custo procurando evitar que o orçamento familiar seja onerado indevidamente.

E tais preceitos, de ultra mini micro (se o conceito existe) economia, devem sem aplicados em grande escala...seja nas autarquias, seja no país.

Como alguém, que se ufanava de ter-se licenciado na universidade da vida, dizia se não são capazes de gerirem a sua própria casa como são mandatados para gerir o país ou a Câmara?

E, no fundo da sua sabedoria empírica tinha razão...

Como é possível, neste momento, o Município de Guimarães ter investido meio milhão de euros em equipamentos de ar condicionado para agora os ter desligados?

E, pasme-se... os mesmos encontram-se inactivos porque, após a compra, é que se percebeu que o edifício onde se encontra alojada a edilidade, que o tinha que suportar, não aguentava a trepidação e o mesmo não podia ser ligado.

Tal, reflecte a irresponsabilidade que se apoderou de quem pode mandar.  Refletcte o desprendimento como se trata o bem público. Demonstra a irresponsabilidade no momento de aplicar capitais públicos, em que o principal lesado é o cidadão comum que é onerado com taxas e custos para suportar caprichos consumistas de quem manda.

Mas, infelizmente, a história não acaba aqui...

Visto os referidos equipamentos não poderem ser utilizados, a depositária do dinheiro dos vimaranenses resolveu investir em ventoinhas – à boa antiga portuguesa – e em outros aparelhos de ar condicionado compatíveis com as especificidades do local.

Ou seja, ao invés de ter uma despesa em consonância com as especificações de Santa Clara, resolveram ter duas... uma que foi uma verdadeira asneira e outra necessária para remediar a asneira anteriormente efectuada...


E o dinheiro dos contribuintes...esse foi um ar ( que não condicionado) que se lhe deu!

Artigo de Vasco Rodrigues - Comissão Política CDS Guimarães

Encerramento Das Salas Jardins de Infância em Penselo...Porquê?

terça-feira, 13 de setembro de 2016


O encerramento de sala de Jardim-de-infância leva a deslocação de crianças.

A decisão de encerrar a única sala de Jardim-de-infância na freguesia de Penselo, por parte da autarquia vimaranense, obriga à deslocação de sete crianças, dos 3 aos 5 anos, para a freguesia de Fermentões, mais concretamente para a EB1/JI de Caneiros. Desta decisão resulta a abertura de uma sala.

Assim sendo, questiono– me porque não ficaram as crianças na EB1/JI de Penselo, dado que o custo-benefício não se visualiza , havendo, sim, um prejuízo para as famílias e para o erário público. Senão vejamos:

- acolhimento ,pelas 8h , das crianças na EB1/JI de Penselo obriga à existência de ,pelo menos, uma funcionária;

- transporte das crianças, pelas 8h45m, em táxi ou autocarro, acompanhadas por um vigilante, para a EB1/JI de Caneiros, onde permanecerão até às 17h30 ;

- regresso das crianças ,novamente, a Penselo , novo acolhimento e permanência até às 19h30;
- a Educadora passa a exercer funções no estabelecimento de Caneiros.

Perante tal cenário, qual/quais os fatores que estiveram por detrás de tal decisão ?                        

Se:

- existia educadora ;

- o estabelecimento de ensino de Penselo está apetrechado, tendo recentemente sofrido obras de beneficiação;

- existência de funcionários para acolher e vigiar as crianças;

- necessidade de contratualizar serviço de transporte.

Claro está que contrapõem com o fator pedagógico, o melhor desenvolvimento da criança...

Será ?????????????????????

Artigo de Maria José Pinto -Comissão Política CDS Guimarães

O Amiguismo Socialista

terça-feira, 6 de setembro de 2016


Desde a entrada da Troika em Portugal, fruto da má governação de quem sabemos, os portugueses sentiram na pele a necessidade de enveredarem por um caminho distinto do que anteriormente trilhavam.

Aliás, ainda hoje, dia 06 de Setembro de 2016, uma notícia do jornal de uma rádio nacional confirmava que a ida a cinemas, concertos, restaurantes diminuiu drasticamente desde essa data em detrimento da ida a espaços gratuitos como parques naturais, o que segundo os autores do estudo indiciava a necessidade de se apostarem em políticas ambientais, de modo a exponenciar ao máximo esse novo modo de vida.

Porém, nem todos os portugueses assumiram a necessidade de adaptar a vida às circunstâncias e preferem continuar a ditar os seus comportamentos por valores que o bom senso não aconselha.

Vem esta introdução a propósito da notícia de ontem do Jornal de Notícias em que o ex autarca de Vieira do Minho, após ter deixado de ser presidente da autarquia, auferiu de subsídio de desemprego fruto de supostamente ter laborado na Câmara Municipal de Guimarães.

Mas, não se pense que o referido ex autarca desempenhou funções de relevo na autarquia...Nada disso... Ao que apuramos o mesmo foi contratado em 2001, garantiu a função sem nunca desempenhar a mesma, a Câmara de Guimarães pagava-lhe o ordenado até se candidatar e vencer as eleições pelo PS na sua cidade, requerendo uma licença sem vencimento, e posteriormente de sair das funções da edilidade requereu o subsídio de desemprego, que agora o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga mandou restituir.

Ora, desta situação ressaltam informações inquietantes que destacaremos separadamente para podermos almejar a gravidade da situação.

Primeiro – O referido funcionário foi contratado em 2001 por António Magalhães à altura presidente da Câmara Municipal de Guimarães;
Segundo – Apesar de funcionário de um autarquia candidatou-se a outra vencendo as eleições, deixando para trás a anterior ocupação, requerendo uma licença sem vencimento;
Terceiro – A Câmara, apesar de nunca ter exercido de facto as funções para as quais foi contratado, sempre lhe pagou o salário;
Quarto – Quando se acabou o job requereu o subsídio de desemprego tentando, como a Segurança Social e depois as instâncias judiciais obter uma vantagem patrimonial indevida que agora foi condenado a restituir;
Quinto – Apesar de ter recorrido para os tribunais administrativos, os mesmos consideraram (e bem!) que o mesmo apenas tinha o contrato suspenso, por sua livre iniciativa, pelo que não tinha direito a tal prestação.

Tais asserções e a decomposição do problema leva-nos a conclusões inquietantes. Desde logo somos confrontados com o amiguismo socialista sempre disposto a arranjar emprego para os mais necessitados, desde que tenham um cartão rosa. O referido funcionário teve, com o beneplácito da autarquia, um poiso seguro (leia-se salário e flexibilidade laboral) para preparar devidamente a sua eleição. Posteriormente, abandonou o trabalho que lhe devia dar um enorme estímulo para abraçar o projecto de Vieira do Minho, mas procurando deixar uma janela para cobrar do Estado, olvidando quem em pior situação não tem como pôr comida na mesa aos filhos.

Quando o povo optou por o castigar nas urnas, requereu o subsídio de desemprego tentando obter o que não tinha direito.

Esta situação é inquietante... qualquer autor que pratique estes actos e quem seja conivente com os mesmo são os responsáveis pela descredibilização da política. São situações como as relatadas que fazem surgir os apodos menos próprios a quem procura servir na causa pública. São notícias destas que fazem crescer a abstenção e o desinteresse dos cidadãos.

E depois, como pode alguém pedir sacrifícios aos seus concidadãos se há situações destas??

Ao menos existisse a dignidade de reconhecer o erro e devolver os cinco mil e quinhentos euros... não falamos de uma soma exorbitante, falamos de uma quantia, que um cidadão, pela sua honra saldaria... pelos vistos, nem isso!
Artigo de Vasco Rodrigues - Comissão Política CDS Guimarães