Cor ou Mérito?

terça-feira, 26 de janeiro de 2016


Conhecidos os nomeados para os óscares a atribuir pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, estalou a polémica pela alegada falta de diversidade entre os atores, atrizes e realizadores nomeados.

 Este será o segundo ano consecutivo em que nenhum artista de tez negra estará na disputa por uma estatueta dourada, o que provocou uma onda de críticas.

Não vi todos os filmes nomeados, nem vi todos os filmes a concurso, pelo que tenho dificuldade em tomar uma posição crítica sobre as escolhas da academia, mas surpreende-me que a crítica às nomeações tenha apenas por fundamento a cor da pele e não um critério de desempenho artístico. Se algum ator ou realizador foi preterido em função da cor da pele, aí de facto a Academia tem que se envergonhar, mas se esta apenas utilizou um critério artístico, independentemente  da cor da pele, aí serão os críticos a terem que se envergonhar por serem racistas, por defenderem critérios segregadores em detrimento de critérios de mérito artístico.

Crónica de Pedro Miguel Carvalho no Correio da Manhã

Benvindos À República Popular de Portugal

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016


Portugal, neste momento, mudou e viaja rumos a caminhos políticos perigosos e que deverão inquietar todos os cidadãos.

Na verdade, os últimos três meses assemelham-se a um golpe de estado perpetrado por uma força totalitária, que qual tsunami violento e letal, leva tudo à frente, sem respeito por nada, nem por ninguém.

Começou logo a seguir às eleições legislativas... na ânsia de um poder ilegítimo, injustificado e inadmitido por quem ainda respeita a Constituição, os joguinhos da esquerda começaram a produzir metástases na política portuguesa, corroendo os vencedores e elevando os derrotados e rotundos perdedores aos píncaros de um governo.

Talvez, uma versão erudita de um qualquer governo bolivariano da América do Sul...

Posteriormente, e após as forças golpistas se terem concubinado para a queda do Governo, e estando Cavaco Silva amordaçado pelos prazos constitucionais, assumiram o poder de modo irmanado, mas a deixar antever que o amor fraternal mas incestuoso não duraria muito.

E, na verdade, tal relação promíscua tem-se pautado por arrufos, desavenças, desacordos, nada se augurando de bom a este ménage a trois que tem tudo para prejudicar os voyeurs involuntários do mesmo, ainda que queiram tapar os olhos: os portugueses.

Mas, todavia, no seu desmando de apagar o que um governo legitimamente eleito houvera realizado, houve uma inusitada vontade em apagar tudo o que fora feito e que fizera Portugal voltar a ser respeitado pelos parceiros europeus.

Como os governos que assumem o poder ilegitimamente e pela força, em estados que se tornam autocráticos, procuram-se apagar todos os traços de medidas preconizadas pelo anterior governo e cuja coligação subsequente houvera vencido as eleições...

E nessa sanha de procurar que os portugueses se esqueçam de quem salvou o país, reformula-se todo o sistema educativo... revogam-se as medidas de concessão dos transportes...tenta-se reverter o negócio da TAP e, acima de tudo, legisla-se rapidamente sobre medidas importantíssimas como a coadopção, entre outras, nada populistas, e que estão no cerne da preocupação da maioria dos portugueses.

Além disso, para reforço do endeusamento dos governantes, nada como avançar com medidas como o fim das sobretaxas ou o aumento das reformas...olvidando, diremos nós, por mero esquecimento os montantes desse aumento... e que mais não é do que um insulto a quem nada tem!

Entretanto, Portugal vai caminhando...com notícias do esvaziamento de almofadas financeiras, com notícias do esvair das receitas estatais....

Para aumentar o cenário, há jornalistas que por qualquer questão mais incómoda aos entes apoiados pelos partidos do popular comunismo, são alvos de queixas nas entidades reguladoras competentes...


Mas, não estranhem... talvez o próximo passo seja um míssil com um ogiva de hidrogénio...

Artigo de Vasco Rodrigues - Comissão Política CDS Guimarães