Conhecidos os nomeados para os
óscares a atribuir pela Academia
de Artes e Ciências Cinematográficas, estalou a polémica pela alegada falta de
diversidade entre os atores, atrizes e realizadores nomeados.
Este será o segundo ano consecutivo em que nenhum
artista de tez negra estará na disputa por uma estatueta dourada, o que
provocou uma onda de críticas.
Não
vi todos os filmes nomeados, nem vi todos os filmes a concurso, pelo que tenho
dificuldade em tomar uma posição crítica sobre as escolhas da academia, mas
surpreende-me que a crítica às nomeações tenha apenas por fundamento a cor da
pele e não um critério de desempenho artístico. Se algum ator ou realizador foi
preterido em função da cor da pele, aí de facto a Academia tem que se
envergonhar, mas se esta apenas utilizou um critério artístico,
independentemente da cor da pele, aí
serão os críticos a terem que se envergonhar por serem racistas, por defenderem
critérios segregadores em detrimento de critérios de mérito artístico.
Crónica de Pedro Miguel Carvalho no Correio da Manhã
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