PS: Um partido em vias de extinção

terça-feira, 31 de março de 2015

Por Alfredo Sousa
Se tivermos em conta os últimos resultados do Partido Socialista, quer a nível europeu, quer a nível nacional, deparamo-nos com uma tendência: o PS está em vias de extinção.

Nas últimas eleições gregas, houve um resultado que muitos tentaram esconder. O resultado que o PASOK (PS Grego) teve foi de 4,68%. Nas eleições departamentais, em França, o PS francês teve mais uma estrondosa derrota, conquistando apenas 24 departamentos. E, por fim, nós por cá também tivemos eleições: as regionais na Madeira. Nestas últimas, o PS conseguiu – coligado com mais 3 partidos – uns míseros 11,41%. Não sabendo como estão divididos estes votos por cada partido da coligação (a intenção era mesmo essa), podemos tentar fazer um pequeno exercício de matemática pura e dura para chegarmos a um resultado aproximado do PS na Madeira. Para isso, temos que consultar os resultados dos 4 partidos da coligação, juntá-los e definir uma percentagem de cada um no resultado do total dos 4. Assim sendo, nas eleições de 2011, o PS obteve 11,5%, o PTP conseguiu 6,87%, o PAN obteve 2,13% e o MPT conseguiu arrecadar 1,93% dos votos. Isto perfaz um total de 22,43% dos votos em 2011. Ou seja, como o PS obteve 11,5% dos votos num conjunto de 22,43%, feitas as contas de uma forma arredondada e para facilitar o raciocínio, o peso correspondente do PS na actual coligação é de 50%. Então, podemos concluir que num resultado de 11,41%, metade destes votos, ou seja, 5,7% corresponde à percentagem de votos do Partido Socialista na Madeira. Claro que há vários factores que podem influenciar e fazer variar este número e, por isso, nunca podemos ter um número exacto da percentagem que corresponde ao PS nesta eleição mas, parece-me, que esta é a melhor forma de obtermos um número aproximado. Resumindo e concluindo, o PS obteve na Grécia 4,68%, em França, país em que está no governo, o PS sofreu a terceira derrota num ano e, em Portugal, mais propriamente na Madeira, feitas as contas o PS obteve cerca de 5,7% dos votos.
Tendo em conta estes resultados, e tendo em conta, principalmente, as declarações de António Costa e outros dirigentes do PS sobre o resultado do Partido Socialista nas últimas eleições Europeias, eleições essas que o PS venceu com 31,5% dos votos e que António Costa considerou um motivo para se candidatar à liderança do PS e outros dirigentes seus apoiantes, entre eles Mário Soares, consideraram “uma vitória de pirro”, depois destes resultados e das sondagens que dão a Costa pouco mais do que o resultado obtido com a “vitória de pirro”, só posso concluir que o PS está em vias de extinção. Mas se isso é claro a nível europeu, não é assim tão evidente a nível nacional, isto porque Portugal tem um grande problema: demora muito a aceitar as evidências.
Como ainda somos uma sociedade bastante conservadora, demoramos muito tempo a aceitar as mudanças que se vão realizando no mundo. Os americanos, já acabaram com o socialismo há muito tempo. A Europa, começa agora a dar sinais de que vai fechar o socialismo numa gaveta a sete chaves. Portugal, apesar de já começar a dar sinais, demora sempre mais uns anos a aceitar as evidências. Isto tem, também, uma explicação: temos uma sociedade ainda muito dependente do Estado. Conseguiu-se mudar já alguma coisa com este Governo, é verdade, mas ainda há muito a fazer. Infelizmente, a sociedade ainda procura o Estado para resolver os seus problemas. Isso é fruto da nossa educação, com forte ideologia socialista, que nos prepara para sermos dependentes de outrem. Desde pequenos que na escola somos ensinados a fazer aquilo que nos mandam e a esperar pela aprovação de alguém que nos é superior. Caso façamos o contrário, somos penalizados. Mas isto será tema pra um próximo artigo. Isto para dizer que na política é igual. O PS apresenta-se como o partido que dá tudo e que resolve os problemas de toda a gente o que já todos reparamos que é manifestamente mentira. Ah, e a culpa do que acontece de mal é sempre dos outros. Este Governo não. A maioria PSD/CDS fala diferente.Pela primeira vez, ouvi um Governo a dizer que tem que cortar na despesa do Estado porque é assim que tem que ser. Pela primeira vez, ouvi um Governo dizer aos portugueses que somos nós os causadores dos nossos problemas e, como tal, somos nós que os temos que os resolver.

Pela primeira vez, vi um Governo dizer não a Ricardo Salgado e aos Espírito Santo. Pela primeira vez, vi um Governo completamente focado em acabar com um Estado socialista e tornar o Estado num Estado eficiente.

Não dá para fazer tudo de uma vez, principalmente, quando estávamos numa situação de emergência. Mas fiquei com a esperança de que este Governo nos poderá finalmente libertar das amarras do socialismo e fazer com que sejamos um povo livre, livre do paternalismo do Estado. A Europa já diz não ao PS e só espero que os portugueses não demorem o tempo que é costume a perceber que este sistema acaba sempre com o país na falência. À terceira, é de vez?
Presidente da Distrital JP Braga

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