Socialismo?França, Disse Não!

sexta-feira, 27 de março de 2015

Por João Moça

Foi o UMP, União por um Movimento Popular, partido liderado por Nicolas Sarkozy, o grande vencedor da primeira volta das eleições departamentais, que no passado Domingo se realizaram em França.
Do resultado do acto eleitoral em questão podemos, e devemos, retirar algumas conclusões que considero serem pertinentes. A primeira é a de que os Partidos Socialistas da Europa estão, ou se não estão parecem, a entrar em “letargia”. 
Em Portugal, o PS não consegue desempenhar o seu papel como maior partido da oposição e, no que toca a sondagens, neste momento, não vai além de um empate técnico contra um governo que, infelizmente e contra a sua vontade, foi forçado, ao longo destes últimos quatro anos, a tomar medidas impopulares.
O PASOK, Partido Socialista da Grécia, teve, nas últimas eleições legislativas, um dos piores resultados da sua história, o que o levou, praticamente, à inexistência. Os 289482 votos que obtiveram e que se traduzem em 4,7% da votação são tradução disso mesmo.
Por fim, temos o Partido Socialista Francês que, para além da contestação de que tem sido alvo, sofreu, no passado Domingo, uma pesada derrota, passando a ser a terceira força política em França.
Se o estado mórbido do Socialismo na Europa é, cada vez mais, uma realidade, a ascensão de forças políticas extremas não é menos real e as eleições departamentais em França são, também, uma ilustração disso mesmo. 
A Frente Nacional, partido de extrema-direita comandado por Marine Le Pen, obteve um resultado histórico tendo conseguido 25% dos votos e por consequência o 2º lugar na hierarquia das forças políticas Francesas. Este resultado conseguido, por parte da extrema-direita, merece especial atenção e preocupação, uma vez que, o mesmo foi conseguido sem a FN ter os níveis de implantação que têm o UMP e o PS. Importa também referir que os candidatos da FN não têm, ainda, o historial e a notoriedade que têm os candidatos dos restantes partidos. 
Não só em França, mas também em muitos outros países da Europa que partidos de extrema-direita e extrema esquerda têm emergido, o que se pode comprovar analisando os resultados das ultimas eleições europeias. Este é um facto que merecerá especial atenção por parte da UE, uma vez que, o eurocepticismo tem feito crescer o seu “clube de fãs”.
Voltando às eleições departamentais francesas, como já referi no início do artigo, é o UMP o grande vencedor destas eleições, tendo conseguido obter a vitória logo na primeira volta. Seguir-se-à a segunda volta onde será bastante interessante verificar como irá “sobreviver” a Frente Nacional. Recorrendo à história, facilmente percebemos que segundas voltas e Frente Nacional não são, de todo, compatíveis, uma vez que, estas raramente são favoráveis à FN.
Concluindo, quero apenas acrescentar que é benéfico, e não é vergonha nenhuma, recolher exemplos alheios para nos ajudar a definir a nossa conduta e forma de agir, ainda para mais quando estes são bons exemplos. De França, podemos retirar o exemplo de que o discurso demagogo socialista não é mais do que isso mesmo e que, como observamos, não resolveu problema nenhum dos franceses. Pelo contrário, só agravou a situação. 
Estou certo que nós, portugueses, quando chegar a altura de nos dirigirmos às urnas saberemos quem é que com sentido de responsabilidade nos retirou da situação caótica em que nos encontrávamos há quatros anos atrás e quem, desesperadamente e de forma irresponsável, continua a fazer promessas impossíveis de concretizar, demonstrando que o importa, independentemente de tudo, é a chegada ao poder.

Secretário Geral Distrital JP Braga

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