Encerrar ou não encerrar escolas de lugar único. Eis a questão!
Olhando pela perspetiva dos pais, claro que não se devem encerrar, pois levantaria alguns constrangimentos aos progenitores - sair da zona de conforto, deslocação dos filhos para centros educativos distantes de casa, relação de proximidade casa-escola - caso o encerramento se efetivasse .Todas estas razões são aceitáveis. Analisemos do ponto de vista pedagógico.
Será benéfico para os alunos integrarem turmas heterogéneas, com diferentes anos de escolaridade e quiçá diferentes grupos de aprendizagem, pois as crianças têm ritmos de aprendizagem diferenciados e que devem ser respeitados? Ao permanecerem nestas escolas não estará em causa o seu sucesso académico?
Salientamos alguns aspetos menos positivos que podem surgir com a manutenção destas escolas de lugar único, pois o docente tem de lecionar 4 Currículos e atender às necessidades de todos os alunos independentemente do ano escolar em que se encontram : - impossibilidade de um apoio individualizado; - diferenciação pedagógica; - experimentação de novas estratégias no processo ensino-aprendizagem; - partilha de experiências e saberes interpares ; -sociabilização; - turmas heterogéneas.
Podíamos apresentar um sem número de aspetos pedagógicos que fundamentariam, não perdendo de vista " o supremo interesse da criança", a integração e inclusão em Centros Educativos modernos, devidamente apetrechados, onde os alunos beneficiam de um ensino mais direcionado para as suas necessidades, para a sua formação integral, para o seu sucesso académico. Qual é o encarregado de educação que conhecendo as verdadeiras razões que levam ao encerramento da escola ,não concordaria? O grande problema está no aproveitamento politico, no querer tirar dividendos, sem se importarem com o que realmente é importante - SUCESSO ACADÉMICO!
ARTIGO DE MARIA JOSÉ PINTO - membro da comissão política CDS Guimarães
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