Estado Islâmico, Um Cancro...

sexta-feira, 20 de março de 2015


Por João Moça

É um facto, mais do que comprovado, que o autodenominado Estado Islâmico tem tido um crescimento positivo. Tem sido através da Internet que este “movimento” se tem divulgado e, também, recrutado.

São já vários os vídeos que todos, infelizmente, tivemos a oportunidade de visualizar, onde as atrocidades macabras deste “grupo” são, orgulhosamente, exibidas pelos seus membros. São decapitações, degolações, enforcamentos, entre outras formas de matar a imagem de marca do Estado Islâmico, o que tem assustado bastante a população mundial.

Se já são bastante assustadoras as acções praticadas por este grupo organizado, é ainda mais assustador observar que as grandes forças mundiais (EUA e Europa mais precisamente) dão a entender que carecem de meios e formas a agir para combater este problema. Recentemente, o Presidente Dos Estados Unidos da América, Barack Obama, numa entrevista ao “Vice News” afirmou que “o Estado Islâmico teve um crescimento directo através da nossa invasão e é um exemplo de uma consequência não-intencional. É por isso que devemos sempre apontar antes de disparar.” e, aquando questionado de como os poderia parar, “Temos 60 países que fazem parte da coligação internacional. Vamos lentamente retirar o Estado Islâmico do Iraque. Estou confiante de que o faremos.”. Das palavras de Barack Obama eu retiro as minhas próprias ilações e, certamente, cada pessoa retirará a sua. Nestas afirmações, vejo um Presidente que está com medo de resolver um problema; problema esse que, se medidas adequadas não forem tomadas, poderá tomar escalas imensuráveis.

Melhor postura que o Presidente dos Estados Unidos, face a este problema, teve a Chanceler Alemã, Angela Merkel, que não hesitou em dar início a um estudo para verificar a viabilidade de um aumento de tropas Alemãs no norte do Iraque, com o objectivo destes instruírem as tropas curdas da região no manuseamento de armamento de ataque e precisão para que, desta forma, fosse optimizada a eficiência das operações contra o EI. Aprecio mais a postura de Merkel do que a de Obama, no entanto, acho que todas as medidas que têm vindo a ser tomadas no combate ao EI pecam por ser tardias.

Do Vaticano chegam-nos boas notícias. Foi com um enorme agrado e alguma surpresa, confesso, que li na comunicação social que o embaixador do Vaticano nas Nações Unidas, Silvano Tomasi, apresentou uma declaração no Conselho de Direitos Humanos da Onu para defender minorias religiosas no médio oriente. As palavras do Arcebispo Silvano Tomasi foram bastante claras. “Se não o fizermos, no futuro vamos indignar-nos por não termos feito nada, por termos permitido que uma tragédia tão horrível tenha acontecido.”. Não teve “papas” na língua e descreveu, perfeitamente, o que tem sido a actuação do EI. Um genocídio e, portanto, têm de ser travados. 
Não conhecia Silvano Tomasi até então, mas revejo-me na sua forma de pensar, pois demonstrou ser uma pessoa com sentido de responsabilidade e com noção dos reais problemas que afectam o mundo.

Penso que todos os líderes mundiais, sem excepção, deviam reflectir acerca das declarações deste embaixador do Vaticano e, com igual sentido de responsabilidade demonstrado pelo mesmo, tomar as medidas que considerem necessárias para erradicar este cancro do mundo denominado de Estado Islâmico.

Secretário Geral JP Braga

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