Um estado de profunda desorientação
grassa, por estes dias, nos corredores da Câmara Municipal de Guimarães.
Um desatino descontrolado que faz a
autarquia querer uma coisa e fazer a diametralmente inversa.
Um desmando em que as acções são
absolutamente antagónicas às palavras.
Um estado, quiçá, conduzido pelo estado
agónico e aterrorizado que o ano de 2017 traz a quem se habituou a ocupar os
corredores do poder.
A história conta-se em poucas e claras
palavras.
A autarquia candidatou-se a Capital Verde
Europeia e encetou todos os procedimentos tendentes a ser declarada como tal.
Todavia, para além do tremendo imbróglio que tem sido a questão da Ecoibéria –
que ninguém sabe como acabará -, soube-se agora que compra por ajuste directo
materiais de construção à empresa campeã das
contra-ordenações por descargas poluentes no Rio Ave.
Ou seja, em linguagem simples, a Câmara
quer obter uma distinção ambiental, anda a investir os seus fundos nesse
intuito em diversas iniciativas mas, talvez por ser vítima de um surto de
esquizofrenia, dá dinheiro a ganhar, através de ajuste directo, à empresa que
mais tem causado problemas a um dos maiores ex
libris ambientais da região: o referido rio.
E nem, as desculpas esfarrapadas em sede
Assembleia Municipal convencem... apesar de terem tentado atirar areia para os olhos dos demais deputados afirmando que a
referida empresa poluente esteve fechada por um período de um mês para
correcções.
Porém, Domingos Bragança esquece-se que
em Março deste ano já tinha defendido o encerramento da referida empresa. Ora,
se assim é qual a razão de voltar a trabalhar com esta? Não existirão outras do
mesmo ramo capazes de fornecer materiais de construção?
E além do mais, por ajuste directo?? Não
seria mais simples uma Capital Verde, como Guimarães parece querer ser, lançar
um concurso público em que uma das prerrogativas do caderno de encargos fosse o
máximo respeito pelo ambiente e a inexistência de contraordenações por danos
ambientais? Qual a razão para se optar por um meio de contratação
discricionário e ainda para mais
requerendo tal consulta a uma empresa com este histórico?
Além disso outra pertinente questão: será
que o objectivo de Capital Verde não fica comprometido? Será que o desvario e
desmando socialista não estão a enredar Guimarães numa teia de difícil saída?
O que vale é que 2017 é já ao virar da esquina...
O que vale é que 2017 é já ao virar da esquina...
Artigo de Vasco Rodrigues - Comissão Política CDS Guimarães
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