A Música que a Câmara Nos Dá...

terça-feira, 2 de agosto de 2016

As lideranças fracas e incipientes, como a que infelizmente ocorre na autarquia de Guimarães, necessita sempre de qualquer ponto de afirmação, de qualquer momento em que possa demonstrar algum vigor, o que infelizmente se assemelha a um mero fogo-fátuo e sem capacidade de sobrevivência a longo prazo.

Domingos Bragança tendo, de há muito, percebido que não conseguia penetrar nos diversos escalões da sociedade vimaranense, tentou resolver o problema da maneira mais ingénua e politiqueira possível: desatando a inaugurar como se não houvesse amanhã, numa desenfreada tentativa de apelidar os munícipes da cidade Onde Nasceu Portugal de incautos, impreparados e meros apreciadores de fogo, este não fátuo, mas de artifício.

E nesse descontrolo emocional, próprio de quem sabe que luta a cada segundo pela sua própria sobrevivência – não só no lugar que ocupa mas inclusivamente dentro do seu próprio partido – perdeu o controlo da situação.

Vem ontem a lume no Jornal de Notícias que as oito salas de ensaio para bandas de garagem situadas no Teatro Jordão e inauguradas há mais de um ano continuam fechadas ao público e tal demonstra o estado a que chegou a descontrolada governação socialista vimaranense.

Um verdadeiro escândalo, dirá o leitor... mas além do escândalo de uma valência inutilizada, o que dizer dos danos subsequentes à não utilização do mesmo?

E além disso, o que dizer dos cento e cinquenta mil euros que a autarquia teve de investir na obra? Dinheiro esse que é de todos e para benefício de todos...

Com efeito, o pior que pode acontecer a uma sociedade é ter políticos que sentem o chão a fugir-lhes dos pés. Nesses momentos agónicos perdem o controlo de si e desatam a tentar recuperar o tempo perdido.

Uns conseguem e dão a volta a situação: esses são os grandes líderes. Em Guimarães, infelizmente isso não ocorre...de dia para dia, percebe-se que a liderança da Câmara está sem rumo, enredada em situações de despesismo num desenfreado e desesperado canto de sereia aos eleitores, que já entenderam que todos as iniciativas serão para inglês ver pois o conteúdo, esse, será zero...

E, enquanto nos dão música (mas sem ser a que queremos) os bolsos da edilidade ficam vazios...

Artigo de Vasco Rodrigues - CDS Guimarães

0 comments

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.