Para os mais desatentos, a
guerra pelo poder no PS de Guimarães está mais acesa do que nunca. Depois de
várias feridas abertas e de a concelhia do Partido Socialista em Guimarães ter
“partido ao meio” com a disputa nacional entre Costa e Seguro, chegou a vez da
guerra a sério: a guerra pelo poder em Guimarães.
No passado dia 25 de Abril,
fomos brindados por um discurso com vários recados de Francisca Abreu, no qual
destaco o de maior interesse para Guimarães: o recado ao actual presidente da
Câmara, Domingo Bragança. Disse Francisca Abreu, Vice-Presidente da Mesa da
Assembleia Municipal, presidida por António Magalhães, ex-Presidente da Câmara
Municipal de Guimarães: “O governo de
Guimarães necessita de uma visão e acção novas e inovadoras.”
Este recado não é inocente,
muito pelo contrário. Vejamos o que se passa nos concelhos vizinhos em que o PS
é poder. Começou em Amares, com a demissão do vice-presidente da câmara e
restantes vereadores. De seguida, seguiu-se Barcelos onde o Vice e os
vereadores não se demitiram mas estão contra o Presidente da Câmara, o qual
lhes retirou todos os pelouros. Em Vizela, já foi anunciado que o
Vice-Presidente pretende concorrer nas próximas eleições contra o actual
presidente. Em Cabeceiras de Basto, o Presidente da Assembleia Municipal e
ex-Presidente da Câmara “tirou o tapete” ao Presidente da Câmara, substituindo-o por um mais de acordo com a sua visão (para ser simpático). Por
fim, em Guimarães, passa-se o mesmo. Podemos então concluir que há uma guerra
interna no PS no Distrito de Braga pelo poder e Guimarães não é excepção.
Será uma guerra de novos contra
velhos? Se não é, parece. Não de novos e velhos de idade mas de velhos e novos
no poder, embora os novos sempre estiveram com os velhos quando estes estavam
no poder. Não sei se me faço entender…
Como podem constatar, não se
trata de uma guerra de visões diferentes para os respectivos municípios.
Trata-se, pura e simplesmente, de uma guerra pelo poder, pelo poder. Os velhos
não sabem viver sem ele e os novos não sabem viver com ele. Quem perde, como
sempre, são os cidadãos. Cidadãos esses que trabalham e pagam os seus impostos
para depois os verem ser desbaratados nestas guerrinhas de parolos. Começam a
gastar mais numa área porque o vereador/a que tem esse pelouro é seu aliado ou
tem interesses em comum em detrimento de outra em que o vereador/a é aliado do
inimigo e, no meio, lá está (sempre) o nosso dinheiro.
Concluindo, foi dado o tiro de
partida por António Magalhães (embora por interposta pessoa). O tiro foi
certeiro a Domingos Bragança e apanhou-o desprevenido. Aguardamos pela
resposta. Esperemos que não use é o nosso dinheiro para isso, como sempre.
Artigo de Alfredo Sousa - Comissão Política CDS Guimarães
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