O PS Partido

sexta-feira, 27 de maio de 2016


O PS de Guimarães está partido...

Fazendo alarde da velha máxima “Rei fraco faz fraco o seu povo”, Domingos Bragança nunca conseguiu assumir-se como o líder forte que os socialistas precisavam.

Verdade seja dita...era tarefa dantesca, pois está provado que a seguir a qualquer liderança carismática, o sucessor encontra sempre dificuldades em conduzir a nau a bom porto, seja nas empresas, seja no futebol, seja, onde este artigo se centra, na política.

E se a seguir à dita figura carismática, tem de aparecer outra com ainda mais élan, no PS de Guimarães tal não ocorreu. António Magalhães foi-se e na liderança ficou um indeciso, errante e titubeante Domingos Bragança sempre ansiando estar bem com Deus e o Diabo... sempre almejando ir ao mar sem molhar os pés...sempre querendo bronzear-se mas receando tirar a roupa, pois as correntes de ar provocam pneumonias!

Ora, nessa pugna insanável, descurou as costas... costas essas, ansiosamente degustadas, para não dizer devoradas, por diversos seres antrofágicos que por lá pululam... uns para prosseguirem nos propósitos do anterior e incontestado líder, outros para ascenderem pessoalmente e outros, ainda, procurando manter o status quo estabelecido nos últimos quatro anos de modo a não perderem as regalias atingidas.

Neste limbo, de facas de cristal, encontra-se o PS de Guimarães. Dilacerado, esfrangalhado, com fracturas expostas insanáveis e mais preocupado com o seu âmago do que com o que é essencial: Guimarães e os vimaranenses.

Assim sendo, será impossível haver progresso, uma política de desenvolvimento, um projecto de longo prazo... como poderemos olhar para a frente, para o futuro, se a qualquer momento temos de virar os olhos para trás, sob pena de sermos apunhalados?

Sucede, pois, que neste impasse os socialistas de Guimarães já entenderam o óbvio: que descuraram o essencial, fruto de guerrinhas estéreis e triviais que só a eles interessam e viraram costas a Guimarães. A acrescentar-se a estas múltiplas roturas, juntem-se as declarações de Francisca Abreu e de Casimiro Silva, e vislumbraremos para lá da montanha: a derrota, depois de trinta anos de poder autárquico, é certa e o que urge é salvar a própria pele, deixando o fardo da mesma nos braços dos menos prevenidos, ou então dos mais líricos.

Mas, não é tudo...

O que dizer do Bloco Taipas/Moreira de Cónegos? Fruto da sua irreverência, ou diremos ansiedade de chegar ao pote, varre tudo que lhe aparece à frente, num afã bem peculiar e próprio. Como Domingos conseguirá manter a ordem no concelho e na autarquia se nem nos seus consegue?

Agora, falemos do único ponto que os faz convergir e que os assusta a todos por igual: a Coligação Juntos Por Guimarães.

Algo que desdenhavam, que glosavam, que humilhavam, caminha segura e impávida rumo ao destino que  eles próprios começam a antever.  Ridicularizavam Aguiar Branco por ser uma mera operação de marketing e assistem estarrecidos ao facto de ele estar em todos os actos concelhios da referida Coligação, mostrando conhecimento e dedicação ao concelho. Olhavam para o CDS como um elemento potencialmente desestabilizador do projecto e ficaram estupefactos por Orlando Coutinho ter sido reeleito com mais votos do que nas anteriores eleições do partido, reforçando a ideia que os militantes centristas acreditam no projecto por si sufragada e que passa por ser poder em Guimarães a partir de 2017, fazendo parte do movimento Juntos Por Guimarães.

Assim, o que podem fazer?  Se de um lado assistem a guerras intestinas com inimigos figadais declarados, do outro vislumbram a trabalho, a união, a querer e a respeito pelos cargos indicados... Logo, apenas têm um caminho: irem-se destruindo lentamente, de modo aos mais fortes sobreviverem, para numa pirueta tentarem o milagre...Porém, os vimaranenses cá estarão para os punir nas urnas!

Artigo de Vasco Rodrigues - CDS Guimarães


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