O PS de Guimarães está partido...
Fazendo alarde da velha máxima “Rei fraco
faz fraco o seu povo”, Domingos Bragança nunca conseguiu assumir-se como o
líder forte que os socialistas precisavam.
Verdade seja dita...era tarefa dantesca,
pois está provado que a seguir a qualquer liderança carismática, o sucessor
encontra sempre dificuldades em conduzir a nau
a bom porto, seja nas empresas, seja no futebol, seja, onde este artigo se
centra, na política.
E se a seguir à dita figura carismática,
tem de aparecer outra com ainda mais élan,
no PS de Guimarães tal não ocorreu. António Magalhães foi-se e na liderança
ficou um indeciso, errante e titubeante Domingos Bragança sempre ansiando estar
bem com Deus e o Diabo... sempre almejando ir ao mar sem molhar os pés...sempre
querendo bronzear-se mas receando tirar a roupa, pois as correntes de ar
provocam pneumonias!
Ora, nessa pugna insanável, descurou as
costas... costas essas, ansiosamente degustadas, para não dizer devoradas, por
diversos seres antrofágicos que por lá pululam... uns para prosseguirem nos
propósitos do anterior e incontestado líder, outros para ascenderem
pessoalmente e outros, ainda, procurando manter o status quo estabelecido nos últimos quatro anos de modo a não
perderem as regalias atingidas.
Neste limbo, de facas de cristal, encontra-se o PS de Guimarães. Dilacerado,
esfrangalhado, com fracturas expostas insanáveis e mais preocupado com o seu
âmago do que com o que é essencial: Guimarães e os vimaranenses.
Assim sendo, será impossível haver
progresso, uma política de desenvolvimento, um projecto de longo prazo... como
poderemos olhar para a frente, para o futuro, se a qualquer momento temos de
virar os olhos para trás, sob pena de sermos apunhalados?
Sucede, pois, que neste impasse os
socialistas de Guimarães já entenderam o óbvio: que descuraram o essencial,
fruto de guerrinhas estéreis e triviais que só a eles interessam e viraram
costas a Guimarães. A acrescentar-se a estas múltiplas roturas, juntem-se as
declarações de Francisca Abreu e de Casimiro Silva, e vislumbraremos para lá da
montanha: a derrota, depois de trinta anos de poder autárquico, é certa e o que
urge é salvar a própria pele,
deixando o fardo da mesma nos braços dos menos prevenidos, ou então dos mais
líricos.
Mas, não é tudo...
O que dizer do Bloco Taipas/Moreira de
Cónegos? Fruto da sua irreverência, ou diremos ansiedade de chegar ao pote, varre tudo que lhe aparece à
frente, num afã bem peculiar e próprio. Como Domingos conseguirá manter a ordem
no concelho e na autarquia se nem nos seus consegue?
Agora, falemos do único ponto que os faz
convergir e que os assusta a todos por igual: a Coligação Juntos Por Guimarães.
Algo que desdenhavam, que glosavam, que
humilhavam, caminha segura e impávida rumo ao destino que eles próprios começam a antever. Ridicularizavam Aguiar Branco por ser uma
mera operação de marketing e assistem estarrecidos ao facto de ele estar em
todos os actos concelhios da referida Coligação, mostrando conhecimento e
dedicação ao concelho. Olhavam para o CDS como um elemento potencialmente
desestabilizador do projecto e ficaram estupefactos por Orlando Coutinho ter
sido reeleito com mais votos do que nas anteriores eleições do partido,
reforçando a ideia que os militantes centristas acreditam no projecto por si
sufragada e que passa por ser poder em Guimarães a partir de 2017, fazendo
parte do movimento Juntos Por Guimarães.
Assim, o que podem fazer? Se de um lado assistem a guerras intestinas
com inimigos figadais declarados, do outro vislumbram a trabalho, a união, a
querer e a respeito pelos cargos indicados... Logo, apenas têm um caminho:
irem-se destruindo lentamente, de modo aos mais fortes sobreviverem, para numa pirueta tentarem o milagre...Porém, os
vimaranenses cá estarão para os punir nas urnas!
Artigo de Vasco Rodrigues - CDS Guimarães
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