As Eleições no Reino Unido

segunda-feira, 11 de maio de 2015


Por João Moça
Uma vitória estrondosa que superou todas e quaisquer sondagens. É assim que podemos classificar a vitória do Partido Conservador do Reino Unido, liderado por David Cameron.

Quero acreditar que as falhas nas sondagens advêm, quase sempre, do erro humano, erro esse que é quase sempre justificável dada a idiossincrasia do ser humano, no entanto, coincidência ou não, começam já a ser diversas as sondagens que, por razões que desconheço, ou melhor, que finjo desconhecer, se “enganam” prevendo um resultado abaixo daquele que se vem posteriormente a verificar para os partidos conservadores. Aconteceu no Reino Unido com o Partido Conservador e acontece constantemente com o CDS em Portugal.

David Cameron alcançou um número soberbo nestas eleições, conseguindo eleger 326 deputados que atribuem ao Partido Conservador uma maioria absoluta para governar o Reino Unido nos próximos cinco anos.

Já o velho ditado português dizia “o mal de uns, é o bem de outros...”, e como consequência da magnífica vitória do Partido Conservador assistimos ao “rolar de cabeças” de Ed Miliband (Partido Trabalhista), Nick Clegg (Liberais Democratas) e Nigel Farage (UKIP). Felizmente, e para bem do Reino Unido, o bem soube estar do lado certo.

Se esta vitória dos conservadores no Reino Unido representa, para a coligação que suporta o governo, um incentivo para as próximas eleições legislativas, a grande derrota do Partido Trabalhista deve, de igual forma, constituir um processo de interiorização para o povo português de que não é no socialismo que reside a salvação de uma nação. Os britânicos conseguiram perceber isso e estou certo que os portugueses lhes seguirão o exemplo. 

As evidências estão à vista de todos. Ed Miliband, líder demissionário do Partido Trabalhista, radicalizou por completo o seu discurso. A postura “anti-austeridade” acompanhada de propostas igualitaristas e demagógicas foram um imperativo da sua campanha, bastante semelhante, ou até mesmo igual, àquilo que António Costa faz por cá (lembrem-se que o individuo festejou efusivamente a vitória do Syriza na Grécia). Ed Miliband, ou “Ed Red” como passou a ser conhecido devido à sua radicalização à esquerda obteve, juntamente com os seus programas de governo, uma pesada derrota. Um bem haja aos britânicos por terem percebido que aquele não era o caminho. 

Em Setembro/Outubro, como já referi, estou certo que os portugueses também saberão escolher qual é o caminho certo, dando a António Costa e ao Partido Socialista a pesada derrota que merecem, não só pelo estado em que deixaram o país em 2011, mas também pela falta de ética e responsabilidade com que continuam a fazer política, apresentando propostas de governo que como já vem sendo hábito na história do PS, não são mais do que despesismo desenfreado e que culminam sempre da mesma maneira: Bancarrota e Troika.
Secretário Geral Distrital JP Braga

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