Turismo, Um dos Motores da Economia

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Por João Moça
A nossa hospitalidade, os nossos bons costumes, a nossa gastronomia, a nossa história, bem como o nosso excelente clima são pequenos(grandes) factores que permitem a Portugal usufruir do turismo como um dos principais motores da sua economia.

A crise profunda em que vários estados, incluindo Portugal, mergulharam em 2008 exigiu aos mesmos que potenciassem todos os seus recursos e Portugal, como não poderia deixar de ser, potenciou, e bem, o seu turismo.

Recuemos ao ano de 2013 para analisar alguns números que ilustram todo o trabalho que foi desenvolvido neste sector.

Segundo a Comissão Europeia, Portugal foi um dos países da União Europeia onde o turismo mais se destacou pela positiva, tendo registado um crescimento de cerca de 8%.

De salientar que este foi um sector que contribuiu bastante para a recuperação económica no ano em questão, mais precisamente no 2º trimestre, onde o PIB cresceu 1,1% face ao trimestre anterior.

Em 2014,  o turismo continuou a crescer e, mais do que isso, continuou a registar recordes quanto ao número de turistas, quanto a taxa média de ocupação e quanto as receitas adquiridas.
Após a análise de algumas bases de dados, pude verificar que, em 2014, Portugal recebeu cerca de 16,1 milhões de hóspedes que se traduziram em 46,1 milhões de dormidas. 

Comparativamente ao ano anterior (2013), o aumento em percentagem foi de 11%, ou seja, houve um aumento de 4,6 milhões de dormidas.

O Algarve continua a ser a região mais atrativa, tendo registado o maior número de dormidas de estrangeiros do País, 12,4 milhões, que se traduziram num aumento de 8,8%, ou seja, mais do que 1 milhão de dormidas do que em 2013.

Para além disso, o Algarve foi também, para o mercado interno, a região que se posicionou no 1º lugar com 4 milhões de dormidas, assinalando um acréscimo absoluto de 653,2 mil dormidas (+19,3%), face a 2013.

As taxas médias de ocupação cama (45,6%) e quarto (57,0%) também registaram evoluções positivas face ao ano de 2013. Ocupação cama aumenta 2,1 pontos percentuais e ocupação-quarto 3,8 pontos percentuais.

No que toca aos proveitos totais, estes atingiram 2,2 mil milhões de euros, o que se traduz num acréscimo de 12,8% (+249,6 milhões de euros), em comparação com 2013.

Por fim, verificamos que as receitas do turismo atingiram os 10,4 mil milhões de euros, em 2014, ou seja, mais 1,1 mil milhões de euros do que em 2013.

Para o ano de 2015 era esperado um crescimento ainda maior do sector e, felizmente, as espectativas não têm saído defraudadas.

Segundo dados revelados pelo INE (Instituto Nacional de Estatística), os hotéis portugueses receberam, no mês de Janeiro, cerca de 789 mil hóspedes e registaram uma subida homóloga de 13,4% nas dormidas.

É importante que o país continue a desenvolver todos os sectores onde, efectivamente, consegue ser competitivo e, por aquilo que vamos conseguindo analisar, o turismo é, sem dúvida, um sector fundamental onde Portugal não deve nunca deixar de investir e de inovar.
De Bragança até Faro deparamo-nos com a heterogeneidade do nosso turismo, característica essa que considero ser uma mais-valia para o nosso país.

Turismo de lazer, religioso, de habitação, cultural, entre outros, são parte integrante da rede diversificada de turismo que Portugal tem para oferecer o que nos dá a responsabilidade de rentabilizar ao máximo cada uma destas vertentes. Por agora, sinto-me orgulhoso pela forma como este sector tem estado a ser trabalhado, no entanto, Portugal deve demonstrar sempre, e cada vez mais, ambição no que toca ao desenvolvimento deste sector.

Secretário-Geral Distrital JP Braga

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