Por João Moça
A nossa hospitalidade,
os nossos bons costumes, a nossa gastronomia, a nossa história, bem como o
nosso excelente clima são pequenos(grandes) factores que permitem a Portugal
usufruir do turismo como um dos principais motores da sua economia.
A crise profunda em que
vários estados, incluindo Portugal, mergulharam em 2008 exigiu aos mesmos que
potenciassem todos os seus recursos e Portugal, como não poderia deixar de ser,
potenciou, e bem, o seu turismo.
Recuemos ao ano de 2013
para analisar alguns números que ilustram todo o trabalho que foi desenvolvido
neste sector.
Segundo a Comissão
Europeia, Portugal foi um dos países da União Europeia onde o turismo mais se
destacou pela positiva, tendo registado um crescimento de cerca de 8%.
De salientar que este
foi um sector que contribuiu bastante para a recuperação económica no ano em
questão, mais precisamente no 2º trimestre, onde o PIB cresceu 1,1% face ao
trimestre anterior.
Em 2014, o turismo continuou a crescer e, mais do que
isso, continuou a registar recordes quanto ao número de turistas, quanto a taxa
média de ocupação e quanto as receitas adquiridas.
Após a análise de
algumas bases de dados, pude verificar que, em 2014, Portugal recebeu cerca de
16,1 milhões de hóspedes que se traduziram em 46,1 milhões de dormidas.
Comparativamente ao ano anterior (2013), o aumento em percentagem foi de 11%,
ou seja, houve um aumento de 4,6 milhões de dormidas.
O Algarve continua a ser
a região mais atrativa, tendo registado o maior número de dormidas de
estrangeiros do País, 12,4 milhões, que se traduziram num aumento de 8,8%, ou
seja, mais do que 1 milhão de dormidas do que em 2013.
Para além disso, o
Algarve foi também, para o mercado interno, a região que se posicionou no 1º
lugar com 4 milhões de dormidas, assinalando um acréscimo absoluto de 653,2 mil
dormidas (+19,3%), face a 2013.
As taxas médias de
ocupação cama (45,6%) e quarto (57,0%) também registaram evoluções positivas
face ao ano de 2013. Ocupação cama aumenta 2,1 pontos percentuais e
ocupação-quarto 3,8 pontos percentuais.
No que toca aos
proveitos totais, estes atingiram 2,2 mil milhões de euros, o que se traduz num
acréscimo de 12,8% (+249,6 milhões de euros), em comparação com 2013.
Por fim, verificamos que
as receitas do turismo atingiram os 10,4 mil milhões de euros, em 2014, ou
seja, mais 1,1 mil milhões de euros do que em 2013.
Para o ano de 2015 era
esperado um crescimento ainda maior do sector e, felizmente, as espectativas
não têm saído defraudadas.
Segundo dados revelados
pelo INE (Instituto Nacional de Estatística), os hotéis portugueses receberam,
no mês de Janeiro, cerca de 789 mil hóspedes e registaram uma subida homóloga
de 13,4% nas dormidas.
É importante que o país
continue a desenvolver todos os sectores onde, efectivamente, consegue ser
competitivo e, por aquilo que vamos conseguindo analisar, o turismo é, sem
dúvida, um sector fundamental onde Portugal não deve nunca deixar de investir e
de inovar.
De Bragança até Faro
deparamo-nos com a heterogeneidade do nosso turismo, característica essa que
considero ser uma mais-valia para o nosso país.
Turismo de lazer,
religioso, de habitação, cultural, entre outros, são parte integrante da rede
diversificada de turismo que Portugal tem para oferecer o que nos dá a
responsabilidade de rentabilizar ao máximo cada uma destas vertentes. Por
agora, sinto-me orgulhoso pela forma como este sector tem estado a ser
trabalhado, no entanto, Portugal deve demonstrar sempre, e cada vez mais,
ambição no que toca ao desenvolvimento deste sector.
Secretário-Geral Distrital JP Braga
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