O amor a Guimarães

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Por Cristiana de Castro
Considero imperioso reflectir sobre a temática da emigração, pois é um facto que, nos últimos anos, Guimarães perdeu muitos jovens, bem como, pessoas com mais idade, devido à falta de emprego e à precariedade!
Levanto neste ponto uma questão: o que tem sido feito para travar este flagelo?! Nada! 
O presente executivo municipal não tem feito absolutamente nada. Em ano de eleições autárquicas um dos grandes lemas da Coligação Juntos por Guimarães assentava numa estratégia de promoção do investimento em Guimarães, ou seja, chamar até à nossa cidade empresas para se estabelecerem cá. Com a presente medida, procediam ao ensejo de promover o emprego jovem, sem descurar as pessoas com mais idade.
 São, indubitavelmente louváveis todas iniciativas do atual executivo no que toca à promoção de Guimarães a nível turístico, mas, caríssimos, é muito pouco. As pessoas não têm trabalho, os (grandiosos) eventos não lhes pagam as contas ou colocam comida em cima da mesa. O poder central luta incessantemente contra esse calvário, e os resultados são claros aos olhos de todos. 
Não obstante, o poder local tem a obrigação de criar ferramentas para impedir a fuga dos vimaranenses por falta de trabalho. A reflexão é pertinente e obrigatória, a nossa cidade tem cada vez menos jovens, é real… Está envelhecida. Entretanto surgem programas promovidos pela Câmara de Guimarães com o intuito de apoiar os mais carenciados e idosos em isolamento, aprecio a iniciativa, todavia não a considero prioritária face à problemática reiterada…. Note-se ainda, que esses programas são realizados por técnicos especializados em regime de voluntariado, o que na minha humilde opinião esta situação é um ultraje! O voluntariado é uma das formas de humanismo mais louvável, mas ter voluntários que nem trabalho têm, isso já será exploração!  
Temos que nos colocar na posição de quem deixa Guimarães, e dos tantos que sofrem porque vêem os que amam e pretendem proteger sair sem alternativas, pessoas que guardam no peito a revolta de nunca ter tido uma oportunidade para mostrar o seu valor (permitam-me abrir um parêntesis para vos dizer que tiverem sim a oportunidade de mostrar o seu valor, mas a oportunidade não foi, na generalidade dos casos remunerada). 
É axiomático que cada vimaranense ama a sua cidade e as suas gentes de uma forma intensa e impar, é orgulhoso das suas raízes. É justo verem-se obrigados a sair, é justo colocarem uma pausa nas suas rotinas, nas rotinas de todos os que amam rumando à incerteza, quando se muniram de todos os apetrechos para permanecerem na sua cidade?! Não, não é… principalmente quanto todas as pessoas visadas por esta pequena reflexão prosseguem apenas e tão-somente um único objectivo, o de ser feliz em Portugal!

Nesse sentido, partem com a esperança de um dia voltar. No CDS-PP nós trabalhamos para as pessoas, pelas pessoas e com as pessoas, como tal, não nos podemos conformar com esta situação. Vamos lutar para que os aeroportos deixem de estar inundados de vimaranenses em lágrimas, por terem de “simplesmente” colocar uma pausa nas suas ROTINAS!
Vogal Comissão Política CDS Guimarães

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