Euro: Ser ou Não Ser? Eis a Questão.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Por Alfredo Sousa
É, para mim, cada vez mais claro que o que está em causa nas próximas eleições é se continuamos no Euro ou não. Eu espero bem que sim, para bem de todos (Esquerda incluída). Muito me tenho perguntado qual será a questão que fará os portugueses decidirem nas próximas eleições entre a Coligação e os partidos da Esquerda. Sabemos bem agora (depois da declaração de amor de António Costa ao Syriza) que as diferenças entre o PS e os partidos da Extrema-Esquerda são cada vez menores.
Perguntava-me se faria sentido diferenciar entre os que defendem a austeridade e os que não a defendem. Mas, como sabemos, a austeridade não é uma escolha mas sim uma necessidade de ajustamento. Toda a gente sabe que, se o Governo não tivesse a necessidade, não a aplicaria. O PS, que se diz “contra a austeridade” é exactamente o mesmo partido que a aplicou, quando esteve no anterior Governo (basta consultarem os sucessivos PEC’s).
Depois desta tragédia Grega, parece-me que ficou bastante clara qual a questão a colocar aos portugueses nas próximas eleições legislativas. O que todos vamos ter que decidir é muito simples: queremos ficar no Euro ou não?
A Coligação defende que sim. Tudo o que tem feito é para que Portugal se mantenha no Euro. E porquê? Porque no Euro podemos fazer parte de um projecto que pretende fazer da Europa um líder mundial. Isto é, com uma um Euro forte, em que os países que o integram têm economias prósperas e com excedentes, conseguimos acabar com a hegemonia do dólar e, consequentemente, começar a ter um papel mais activo e predominante no mundo. Mas, para isso, é necessário que países como Portugal, Espanha, Itália e Grécia transformem as suas economias em economias prósperas, que não estejam dependentes de financiamento mas que possuam capacidade de financiar outras, como é o caso da Alemanha e de alguns países do Norte da Europa.
O PS e a Extrema-Esquerda defendem que não. O PS não diz que não (porque não dá votos, caso desse, dizia) mas os resultados da sua governação são esclarecedores. Melhor dizendo, o PS quer ficar no Euro mas não quer fazer o necessário para ficar no Euro. Eu explico. Os socialistas gostam de gastar quando estão no poder, na minha opinião, por duas razões. Primeiro, porque têm que alimentar uma máquina partidária enorme, muito assente nas empresas de construção civil. Segundo, porque eles acreditam que ao darem subsídios, regalias e negócios, garantem votos. Esta mentalidade levou-nos 3 vezes o país à falência em 40 anos. Quanto ao BE e PCP, o mesmo de sempre, ideologia essa que culmina com bancos fechados, racionamento de bens e pobreza. Nem vale a pena perder tempo aqui (a Grécia é só mais um exemplo).
Então, ou nós queremos continuar no Euro e votamos na coligação e, consequentemente, seguimos um caminho de responsabilidade, contas certas, difícil mas que nos levará ao sucesso e prosperidade. Ou, então, votamos na Esquerda que é contra tudo e contra todos, a qual atira sempre a culpa dos nossos males para os outros e que defende que devemos gastar, pedir emprestado e depois não pagar. Neste caso, é impossível e não é benéfico para nós estarmos no Euro. Mais vale sair e termos a nossa própria moeda para a desvalorizarmos nas crises. Só que uma coisa é certa, depois do acumular de uma grande despesa e consequente endividamento, vai sempre haver uma crise, em que desvalorizamos a moeda e consequentemente os salários, pensões e depósitos. Ou seja, voltamos sempre à estaca zero e andamos sempre de mão estendida.

É, para mim, cada vez mais claro que o que está em causa nas próximas eleições é se continuamos no Euro ou não. Eu espero bem que sim, para bem de todos (Esquerda incluída).
Presidente da Distrital de Braga da Juventude Popular

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