Na passada terça-feira, coube-me fazer a intervenção do CDS
relativa à posição do partido quanto à proposta do PS para o Orçamento
Municipal de 2016. Como referi, foi o Partido Socialista que não quis o nosso
voto pelas razões que explanei na minha intervenção, a qual reproduzo aqui:
“O que podemos concluir é que o Partido Socialista não quis
o nosso voto. A coligação Juntos por Guimarães pediu apenas duas coisas ao Sr.
Presidente da Câmara: ser ouvida a tempo para poder dar o seu contributo, o que
não foi feito; ainda assim, propôs mais uma vez o reforço das verbas para as
freguesias, o qual não foi aceite.
Dois pedidos simples e básicos.
O primeiro, é pedir apenas humildade democrática por parte do Sr. Presidente da Câmara.
Humildade democrática é, apenas e só, ouvir quem pensa diferente.
O segundo, trata-se de pedir uma política de proximidade. Não pode o Presidente da Câmara tratar as
freguesias da mesma maneira que as trata o Governo. O Governo está lá longe e
não conhece as freguesias. O partido Socialista focou, e bem, aquilo que está
destinado no documento que nos apresentam para as freguesias: o mesmo que lhes
atribui o Governo. Ficamos agora a saber pelo Sr. Presidente de Câmara que não
há só essa verba mas um montante que pode ir até 18 milhões de Euros.
Percebemos bem porquê. O que está no documento é das freguesias por direito, o
resto é só para aquelas que se “portarem bem”. Não o aceitamos!
Como se não bastasse, esta proposta assenta, praticamente,
no pagamento de despesas de funcionamento, deixando pouco espaço para o
investimento. Poupa-se num orçamento de
milhões para gastar nas próximas eleições!
Sr. Presidente,
Sras. e Srs. Deputados,
Por tudo isto, o CDS votará contra!
Mas, com a firme
convicção de que, à velocidade com que o Partido Socialista tem perdido
votos e a atitude autoritário do Sr. Presidente da Câmara, os vimaranenses os obrigarão a ouvir-nos num
futuro próximo!”
Chamo a atenção para o facto desta postura do Partido
Socialista de Guimarães não ser inédita, muito pelo contrário. Aliás, esta é
uma prática desde há muitos anos. A arrogância socialista vem já do tempo de
António Magalhães, bem como o controlo do dinheiro que vai para as
freguesias. Nada de novo, portanto.
Resumindo, nada mudou neste PS e nesta câmara. Mais do mesmo. A arrogância, o controle das freguesias e os orçamentos feitos a pensar nas eleições. A busca de títulos em vez de resultados. Tudo se mantém. Menos o presidente da câmara que é novo mas velho no sistema. Estou confiante que depois das próximas eleições nada disto se manterá. A começar pelo presidente. A ver vamos.
Artigo de Alfredo Sousa - Presidente da Distrital JP Braga
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