Por Vasco Rodrigues
Ponto prévio: a coligação PSD/CDS sempre demonstrou cumprir
os compromissos que foi assumindo com os portugueses.
E ao contrário, do principal partido da oposição, que ainda
recentemente voltou a embarcar no caminho do lirismo, como tivesse olvidado ter
sido o único responsável pela entrada da Troika
em Portugal, sempre soube manter os pés no chão e a cabeça erguida e a
honra...a cabeça erguida de quem cumpre mesmo sem ter sido ele que se
comprometeu, e a honra de evitar que Portugal caminhasse para ser a chacota da
Europa, tal como agora sucede com os gregos, para azia de muita esquerda
filosófica lusitana que agora vai sacudindo a poeira do seu capote, como se Syriza fosse um nome de algum purgante e
Tsipras fosse apenas uma dificuldade lexical em pronunciar o prato típico do
Porto.
Pois bem: em Portugal, com uma política de realismo nada
disto sucedeu!
A espiral recessiva do défice foi estancada, as taxas de juro
que nos asfixiavam nos mercados foram descendo para valores históricos, o
desemprego diminuiu e Portugal sobreviveu e mereceu fazer por viver esta nova
vida que vai actualmente tendo... um fresh
start, mas com a certeza de que de onde vimos não queremos voltar!
E se assim é, que sentido fazem as propostas de António
Costa? Um mero eleitoralismo, demonstrando que mais que o povo português vale
uma vitória numa eleições que consolide um projecto pessoal de poder? Uma
desfaçatez brutal de quem procura a todo o custo apagar do curriculum que foi o
número 2 do único primeiro ministro da história da União Europeia que se foi
preso preventivamente?
E, pergunto eu, se era o número 2 não sabia o que fazia o
número 1? Ou tapava os olhos, como as crianças fazem para não verem o que lhe
mete medo? Mas, se assim fosse, e não sendo culpado por acção, sê-lo-ia,
certamente por omissão!
E deste tipo de personagens da vida pública, Portugal não
precisa!
Precisa isso sim, da estabilidade de um governo que em
condições adversas conseguiu governar! Precisa da segurança que esta Coligação
traz, já que foi o único governo coligado da história do Portugal democrático
que levou o seu mandato até ao fim! Precisa de quem diga a verdade aos
portugueses e que não os iluda com falsas promessas e conducentes a resultados desastrosos!
Precisa de quem seja humilde e trabalhe, em vez de quem pense em projectos de
poder pessoal, ou de pessoas que segundos antes de anunciar ao país o pedido de
ajuda internacional estão preocupados se aquele é o melhor plano de câmara...
E a última asserção este governo soube cumprir... a
humildade, o desprendimento e o sentido de missão de um governo de êxito só
poderia ter continuidade com a coerência da manutenção de um casamento bem
sucedido; como todos, com altos e baixos, com arrufos e reconciliações, mas com
a certeza que se as tormentas foram ultrapassadas, agora que o mesmo vai ter
estabilidade para procriar, o futuro
só pode ser feliz!
A ver vamos...
Vogal da Comissão Política CDS Guimarães