Avepark...Voz Aos Vimaranenses

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Por Luís Pastor
Em democracia um dos seus pilares mais antigos sempre foi a discussão pública. A própria discussão pública caminha de mãos dadas com a liberdade na medida em que sermos livres, também exige pensarmos por nós próprios e conforme a nossa consciência. Como seres diferentes é natural que existam várias alternativas de resolução para o mesmo problema, a própria democracia consiste na troca direta de opiniões. 
No entanto, e é com muito desagrado que admito que tal não acontece na minha bela cidade natal quando se refere a já tão falada ligação ao Avepark. Desde estudos que estão longe de abrangerem os tópicos necessários -que apenas se preocupam em visar aquilo que quem o encomendou pretende que seja visado - a ignorarem por completo a possibilidade de uma discussão pública eficaz. O que vemos atualmente é a Câmara Municipal de Guimarães a ignorar por completo as três propostas apresentadas pela coligação “Juntos por Guimarães” (sim, repito, três propostas!) e, mais grave ainda, a não possibilitar que na sequência de uma discussão pública surgissem novas propostas. 
Mas o caracter ditatorial do Sr. Presidente da Câmara não se finda por aqui. Como se não bastasse ignorar as propostas apresentadas – à nenhum vereador ou deputado na coligação foi dada a palavra na sessão de esclarecimento – as mesmas foram vaiadas pelo corpo técnico do município e pelo seu presidente. Ora, tal facto só nos pode levar a concluir que a decisão está já tomada e apenas somos figurantes numa encenação dispensável e falsa. 
Eu, enquanto vimaranense e o CDS-PP enquanto força politica não nos revemos nesta forma pouco transparente de fazer política. Em democracia existem três tempos democráticos: o de discutir (e todos devem poder fazê-lo por igual); o de decidir (quem democraticamente depois de ouvir as partes, tem legitimidade para o fazer) e o de executar (que compete a quem for legalmente empossado dessas funções). No entanto se o primeiro passo é ignorado, todos os restantes estão, por conseguinte incorretos. 
Posto isto, espero sinceramente que, num futuro próximo, a CMG organize um debate público – no verdadeiro significado – no qual a coligação “Juntos por Guimarães” possa apresentar as suas propostas, onde uma associação ambientalista possa realizar uma apresentação sobre os cuidados que uma obra desta dimensão implica, onde haja um painel de Srs. Presidentes de Junta - das Freguesias por onde passam as várias alternativas de molde a que exponham as suas preocupações -, onde sejam definidos tempos para cada uma destas intervenções e que as mesmas sejam ordenadas  e expostas sem constrangimentos. Assim se fará um verdadeiro debate. Assim se fará política. Assim se representará verdadeiramente a população residente que será a mais afetada com o modo como esta questão ficará resolvida.
Presidente JP Guimarães

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