As presidenciais e o PS

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Por Alfredo Sousa
É bastante curioso ver como o Partido Socialista está a gerir este processo. É, também, bastante revelador. Num ano em que temos eleições legislativas em Setembro/Outubro e só depois eleições para a Presidência da República, o PS apressa-se a lançar candidatos e possíveis candidatos. Do lado do Governo, não interessa focar atenções nas presidenciais antes das legislativas. Do lado do PS, diz-se que não interessa distrair a população das legislativas com candidatos presidenciais mas a verdade é que é do lado do PS que surgem os candidatos e os possíveis candidatos. Já lá vai um candidato oficial e cinco possíveis candidatos.
Primeiro, se bem se recordam foi levantada a hipótese de António Guterres ser candidato, há uns meses atrás. De seguida, Henrique Neto apresenta a sua candidatura. De prontidão, é lançada a possível candidatura de Sampaio da Nóvoa, com o apoio de Mário Soares. Fala-se, ainda, na possibilidade de Jaime Gama, António Vitorino e Maria de Belém se candidatarem. Ainda bem que o PS não pretende distrair a população com candidaturas às presidenciais, quantos seriam se o quisesse.
Tudo isto é bastante revelador. Ao contrário do que diz António Costa, o PS tem todo o interesse em distrair os portugueses das legislativas com candidatos presidenciais. Primeiro, porque António Costa não tem ideias para o país, nem as quer ter, pois terá as que mais lhe agradar consoante a coligação que tenha que fazer caso vença as eleições. E, com todo este alarido em torno das presidenciais, ganha mais um tempinho para respirar e retira a pressão de cima de si para apresentar ideias para Portugal. Segundo, porque ele como cabeça de lista do PS não foi capaz de mobilizar o eleitorado e descolar nas sondagens.Aliás, aconteceu bem o contrário!
Então, procurará ir buscar mais algum eleitorado à esquerda e à direita com os seus “candidatos” presidenciais. Terceiro e o ponto mais importante, porque lhe interessa desviar as atenções do Governo e dos números do crescimento, descida do desemprego, enfim, aqueles que realmente interessam aos portugueses e nada abonam a seu favor.
Os números não enganam. Portugal está bem melhor do que quando este Governo tomou posse (só o facto de não estar em falência é já uma grande melhoria). As pessoas começam a recuperar os seus rendimentos, ainda que lentamente, mas da forma que é possível. Finalmente, vamos deixar de estar em défice excessivo, isto é, o Estado irá gastar menos de 3% do que recebe, pela primeira vez desde que entramos na União Europeia. A justiça funciona, também, contra os poderosos, facto de não somenos importância e uma reclamação de há muito tempo de todos os portugueses. Enfim, comparando com aquilo que o PS nos deixou, os números são reveladores de uma viragem na nossa situação. O país estava em recessão, agora cresce (e mais do que o previsto). O desemprego aumentava, agora diminui. As pessoas eram obrigadas a perder rendimentos, agora recuperam-nos. Portugal está, de facto, melhor.
É disto que António Costa e o PS querem fugir. Querem fugir da realidade entretendo os portugueses com candidatos a candidatos às presidenciais. As eleições legislativas estão à porta. Os números não mentem, nem são favoráveis ao PS e Costa sabe disso. Tanto sabe, que trouxe as presidenciais para antes das legislativas. 
Esperemos que o povo saiba ver, também, aquilo que está diante dos seus olhos.
Presidente Distrital JP Braga

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